Vasco Graça Moura "As duas vergonhas nacionais"
O escritor Vasco Graça Moura assina esta quarta-feira um contundente artigo de opinião no Diário de Notícias. Intitulado ‘Duas Vergonhas Nacionais’, o texto refere-se à manifestação protagonizada pelas forças policiais, que na passada quinta-feira invadiram as escadarias da Assembleia da República, e à “consabida propensão do dr. Mário Soares para a obscenidade política
“No mesmo dia, Lisboa, a capital de um país da União Europeia chamado Portugal, foi cenário de duas manifestações que envergonham a democracia e o País”, começa por escrever Vasco Graça Moura num artigo de opinião publicado na edição de hoje do Jornal de Notícias, que baptizou de “Duas vergonhas nacionais”.
Ora, as “vergonhas” a que o escritor se refere remetem para o protesto dos polícias, que desembocou na invasão da escadaria do Parlamento, e ao discurso do antigo Presidente da República, Mário Soares, na Aula Magna.
“No caso da horda policial ululante (…), não foram apenas postas em questão (…) as regras formais e substantivas atinentes à disciplina, à cadeia de comando, à missão das forças da ordem, à segurança da sede daquele órgão de soberania. Não foi apenas o respeito elementar da autoridade democrática que a essas forças cabia garantir (…) que foi atingido no seu próprio cerne. Foi também seriamente abalada a confiança dos portugueses”, discorre Vasco Graça Moura.
E prossegue, “doravante vão perguntar-se com que Polícia de Segurança Pública é que podem contar e em que termos. E também que gente é esta que não só não cumpre ordens como facilita a insubordinação e a arruaça dos seus pares”.
Já sobre “a segunda vergonha nacional”, o colunista diz que a mesma se traduz na “consabida propensão do dr. Mário Soares para a obscenidade política”, que “sente que atingiu um limite de impunidade que não vale a pena discutir, para não se cair eventualmente em teorias de inimputabilidade”.
“O que me faz a maior das impressões”, salienta Graça Moura, “é que alguém que foi Presidente da República (…) salte para a ribalta nos termos destemperados em que o fez”.
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“No caso da horda policial ululante (…), não foram apenas postas em questão (…) as regras formais e substantivas atinentes à disciplina, à cadeia de comando, à missão das forças da ordem, à segurança da sede daquele órgão de soberania. Não foi apenas o respeito elementar da autoridade democrática que a essas forças cabia garantir (…) que foi atingido no seu próprio cerne. Foi também seriamente abalada a confiança dos portugueses”, discorre Vasco Graça Moura.
E prossegue, “doravante vão perguntar-se com que Polícia de Segurança Pública é que podem contar e em que termos. E também que gente é esta que não só não cumpre ordens como facilita a insubordinação e a arruaça dos seus pares”.
Já sobre “a segunda vergonha nacional”, o colunista diz que a mesma se traduz na “consabida propensão do dr. Mário Soares para a obscenidade política”, que “sente que atingiu um limite de impunidade que não vale a pena discutir, para não se cair eventualmente em teorias de inimputabilidade”.
“O que me faz a maior das impressões”, salienta Graça Moura, “é que alguém que foi Presidente da República (…) salte para a ribalta nos termos destemperados em que o fez”.
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