sábado, 24 de novembro de 2012

A MOEDA DE 2 EUROS DA ESLOVÉNIA

Os deputados da UE parece-me que não têm outras coisas mais importantes para discutir. Tentar intervir nos valores histórico/culturais dum povo é abusivo.
Querer apagar a memória dum povo é mau serviço.
Esta e outras atitudes retratam o valor dos deputados que temos eleito.
Recordam-se do caso das galinhas poedeiras? Pois é! Não devem ter que fazer...Ou então trabalham por encomenda de alguém.

O EXEMPLO DA UE

A Europa está em crise económoca e moral e corre o risco de se auto destruir. 
Muitos erros têm sido cometidos, desde a exigência de contenção, ás diferentes nações que contribuem para o luxo da própria Uniao Europeia que esses povos, em dificuldades, sustentam.
Ora vejamos:
Serão necessários tantos euro-deputados, constando que alguns nada fazem e por isso sobram?
Será necessário aquele passeio mensal a Estraburg, com deslocação de documentos em camiões que geram toneladas de monóxido de carbono?
Diz-se que estas delocações de suas excelências custam 1,2 milhões de euros.
Também não será correcto que os vencimentos destes lordes sejam tão altos e as suas reformas tão chorudas.
O exemplo tem que vir de cima.
Com que moral exigem sacrifíos quando eles esbanjam?

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

PADRE ANTÓNIO VIEIRA

Sermão do Bom Ladrão

" Não são ladrões apenas os que cortam as bolsas. Os ladrões que mais merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e as legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais, pela manha ou pela força, roubam e despojam os povos.
Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam correndo risco, estes furtam sem temor nem perigo.
Os outros, se furtam, são enforcados; mas estes furtam e enforcam.”

Padre António Vieira, Sermão do Bom Ladrão

O BURACO EM QUE NOS METERAM

Vale a pena debruçarmo-nos um pouco, sobre o problema

Dá para perceber um pouco melhor como estamos.


NÃO SE ADMIREM DE NOS POREM FORA DO EURO!

 

O Buraco

Número de Cidadãos em Portugal:

10 555 853

 

(INE)

Número de Trabalhadores no Activo:

4 837 000

 

(Pordata, INE)

Dívida Pública Portuguesa (2004) (M?)

90 739

 

(IGCP, Pordata)

Dívida Pública Portuguesa (2011) (M?)

174 891

 

(IGCP, Pordata)

Obrigações do Estado com PPP 2012-2050, VAL (M?)

26 004

 

DGTC

Dívida do Estado incluindo PPP (M?)

200 895

 

 

Defice Público Português 2008/2010 (M?)

-23 354

 

INE?MFAP, PORDATA

Quanto devia o estado por cada português em 2004 (?)

8 596

 

 

Quanto devia o estado por cada português em 2011 (?)

16 568

 

 

Quanto devia o estado por cada português em 2011, incluindo PPPs (?)

19 032

 

 

Quanto devia o estado por cada português trabalhador em 2004 (?)

18 759

 

 

Quanto devia cada o estado por cada português trabalhador em 2011 (?)

36 157

 

 

Quanto aumentou a dívida pública por português durante a gestão Sócrates?

93%

 

Quanto?

93%

 

 

Tchii! Tudo isso?

Uma desgraça

 

 

Quanto deve o estado por cada trabalhador português em 2011, incluindo PPP:

41 533

 

 

Quanto foi o défice dos governo entre 2008/2010, por trabalhador: (?)

-4 828

 

 

Quanto foi o défice mensal do estado só no ano de 2009, por trabalhador, por mês? (?)

295

 

 

Quanto gastou o governo português em 2010? (M?)

88 502

 

Fonte (OE, INE)

Quanto gastou o governo português em 2010 por trabalhador, por mês? (?)

1 525

 

 

Qual é o salário antes de impostos de um trabalhador português? (? mensais)

1 077

 

Fonte: GEP/MTSS , PORDATA

Qual foi o PIB português em 2011? (M?)

171 016

 

 

Que dívida representa 60% do PIB? (M?)

102 610

 

 

Qual o aumento da dívida esperado para 2012 a 2014? (M?)

20 522

 

 

Admitindo crescimento 0, quanto temos que pagar de dívida pública para atingir 60% do PIB? (M?)

118 807

 

 

Para pagarmos isto em 20 anos, quanto temos que pagar por ano? (M?)

5 940

 

 

Admitindo que não se mexe mais nos impostos, quanto tem que cortar a despesa? (M?)

14 491

 

 

Quanto?

14 491

 

 

Quanto é a despesa do estado, excluindo Saúde, Educação e Segurança Social?

10 291

 

OE, Pordata

Estamos metidos num grande buraco, não estamos?

Estamos.

 

 

A austeridade não é uma invenção ou escolha, é a realidade, é a vidinha que temos pela frente. O debate está apenas na fórmula dessa austeridade. Porque os números que se seguem são isso mesmo: números, factos, e não estados de alma.

(a). Portugal tem cerca de 10,5 milhões de pessoas, mas só tem 4,8 milhões de trabalhadores no activo. E o rácio vai continuar a diminuir, ou seja, os cortes nas reformas são e serão mais ou menos inevitáveis. Só havia um caminho para evitar esses cortes: emissão de dívida para armazenar dinheiro no sistema antigo, libertando os mais novos para um sistema diferente. Os polacos fizeram isto. Mas, agora, Portugal não tem a folga necessária para fazer essa mudança. Eis, talvez, a maior das lições desta crise: a dívida deve ser usada em mudanças de fundo, e não na gestão corrente do Estado.

(b). Em 2004, a dívida pública portuguesa era de 90 mil milhões; em 2011, já estava nos 174 mil milhões. Em seis anos, um primeiro-ministro quase duplicou a dívida soberana do país. 93% de aumento em apenas seis anos. Isto gerou crescimento? Não. Gerou emprego? Não. Gerou a terceira bancarrota do Estado desde 1977. A culpa é da Merkel, do protestantismo, dos "neoliberais", do Bush e quiçá do degelo.

(c). E as PPP? As famosas PPP representam um encargo de 26 mil milhões entre 2012 e 2050 (mas cheira-me que este sub-buraco será maior). Isto faz disparar a dívida do Estado para 200 mil milhões.

(d) E, agora, temos a parte negra do problema: relacionar este buraco financeiro com o buraco demográfico. Em 2004, o Estado devia 8,500 euros por cada português; em 2011, devia 19.032 euros.

(e). Se acha que o cenário é péssimo, o meu caro leitor deve esperar mais um pouco. As contas têm de ser feitas não com o número de cidadãos, mas com o número de trabalhadores no activo. Portanto, a nossa vidinha é assim: por cada trabalhador, o Estado devia em 2004 cerca de 18 mil euros; em 2011,

devia 41 mil euros.

(f). Em 2012, o país ainda não quer olhar para a dimensão deste buraco, ainda quer pensar que a realidade é só a representação da nossa vontade.

Henrique Raposo (www.expresso.pt)

 

POEMA DUMA FUNCIONÁRIA PÚBLICA

é de ler

Eu quero lá saber
Da roubalheira e da alta corrupção
Que o Djaló esteja no Benfica ou no Casaquistão
Que não se consiga controlar a inflação

Eu quero lá saber
Que haja cada vez mais desempregados
Que dêem diplomas e haja cursos aldrabados
Que me considerem reformado ou um excedentário?
Que se financie cada vez mais a fundação do Mário
Que se ilibe o Sócrates do processo
Que não haja na democracia um só sucesso

Eu quero lá saber
Que o sócrates já não finja que namora a Câncio
Que o BCE se livre do pavão armado do Constâncio
Que roubem multibancos com retroescavadora
Que o Nascimento esburaque os processos à tesoura
Que deixe até de haver o feriado do 1º de Maio
Que a tuberculose seja mesmo um tacho pró Sampaio
Que em Bruxelas mamem muitos deputados
Que o Guterres trate apenas dos refugiados
Que a nós nos deixou bem entalados

Eu quero lá saber
Que ele vá a cento e sessenta e não preguem uma multa
Que amanhã ilibem os aldrabões da face oculta
Que o Godinho pese a sucata e abata a tara
Que pra compensar mande uns robalos ao Vara
Que o buraco da Madeira sobre também para mim
Que a Merkl se esteja borrifando pró Jardim

Eu quero lá saber
Que a corja dos deputados só se levante ao meio-dia
Que a "justiça" indemenize os pedófilos da Casa Pia
Que não haja aumentos de salários nem digna concertação social
Que os ministros e gestores ganhem muito e façam mal
Que Guimarães este ano se mantenha a capital
Que alguem compre gasolina na cidade de Elvas
Que só abasteça o condutor do Dr. Relvas
Que na Assembleia continuem 230 cretinos
Que nas autarquias haja muitos Isaltinos
Que o Álvaro por tu, ai esse sim, hei-de eu vir a tratar
Que se lixe o falar doce do grande actor Gaspar
Que morram os pobres e os velhos portugueses
Que eles querem é que fiquem só os alemães e os franceses

Eu quero lá saber
Que o Zé seja montado quer por baixo quer por cima
Que a justiça safe bem depressa o influente Duarte Lima
Que o bancário Costa não volte a dormir na prisão
Que o Cavaco chegue ao fim do mês sem um tostão
Que na Procuradoria continue o Pinto Monteiro
Que prós aldrabões tem sido um gajo porreiro
Que os offshores andem a lavar dinheiro
Que o BPN tenha sido gamado pelo Loureiro
Que no BPP prescrevam os processos do Rendeiro
Que à CEE presida um ex-maoista sacana e manhoso
Que agora é o snob democrata Zé Manel Barroso
Tudo isto já nada pra mim tem de anormal

Mas o que eu quero mesmo saber
é onde está o meu país chamado PORTUGAL
que isto aqui é vilanagem pura, roubalheira, corrupção
Meu Deus manda de novo o Marquês de Pombal
antes que este povo inerte permita a destruição !!!




NEM O CAMÕES FARIA MELHOR...!

GORDON NEUFELD

Porque devem os pais pôr os filhos a chorar?

A ideia de fazer tudo para que os filhos sejam felizes, evitando que chorem, está ultrapassada. A teoria de disciplinar sem que a criança chore está desactualizada, diz Gordon Neufeld, psicólogo clínico canadiano que esteve em Portugal no final da semana.
“As crianças precisam da tristeza, da tragédia para crescerem. Precisam de ter as suas lágrimas”, defende. Nos primeiros meses e anos de vida, o “não” dito pelos pais ajuda a disciplinar, em vez de estragar a criança. “Estamos a perder isso na nossa sociedade, não admira que as crianças estejam estragadas com mimos. Afinal, elas são sempre as vencedoras”, continua o investigador que esteve em Lisboa a convite da empresa BeFamily, do Fórum Europeu das Mulheres, da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas e da Associação Portuguesa de Imprensa.
Na conferência sob o lema “Vínculos Fortes, Filhos Felizes”, Neufeld defende que só se atinge o bem-estar através da educação e que esta deve estar a cargo das famílias e não do Estado. E para garantir o bem-estar de qualquer ser humano ou sociedade é necessário preencher seis necessidades.
A primeira é o “aprender a crescer” e para isso há que chorar, é preciso que a criança seja confrontada, que viva conflitos, de maneira a amadurecer, a tornar-se resiliente, a saber viver em sociedade.
A segunda necessidade é a de a criança criar vínculos profundos com os adultos, estabelecer relações fortes. Como é que se faz? “Ganhando o coração dos filhos. É preciso amarmos e eles amarem-nos. Temos de ter o seu coração, mas perdemos essa noção”, lamenta o especialista que conta que, quando lhe entram na consulta pais preocupados com o comportamento violento dos filhos, a primeira pergunta que faz é: “Tem o coração do seu filho?”, uma questão que poucos compreendem, confidencia.
E dá um exemplo: Qual é a principal preocupação dos pais quanto à escola? Não é saber qual a formação do professor ou se este é competente. O que os pais querem saber é se a criança gosta do docente e vice-versa. “E esta relação permite prever o sucesso académico da criança”, sublinha Neufeld, reforçando a importância de “estabelecer ligações”.
E esta ligação deve ser contínua – a terceira necessidade –, de maneira a evitar problemas. Neufeld recorda que o maior medo das crianças é o da separação. Quando estão longe dos pais, as crianças começam a ficar ansiosas e esse sentimento pode crescer com elas, daí a permanente procura de contacto, por exemplo, entre os adolescentes com as mensagens enviadas por telemóvel ou nas redes sociais, muitas vezes, ligando-se a pessoas que nem conhecem, alerta o especialista.
O canadiano recomenda que os pais estabeleçam pontes com os seus filhos. Quando a hora da separação se aproxima, há que assegurar que o reencontro vai acontecer. Antes de sair da escola, dizer “até logo”; à hora de deitar, prometer “vou sonhar contigo”.
Mas a separação não é só física, há palavras que separam como “tu és a minha morte” ou “tu és a minha vergonha”. Mesmo quando há problemas graves para resolver, a frase “não te preocupes, serei sempre teu pai” ajuda a lembrar que a relação entre pai e filho é mais importante do que o problema. Hold on to your kids é o nome do livro que escreveu e onde defende esta teoria.

A importância de brincar

A quarta necessidade a ter em conta para garantir o bem-estar dos filhos é a necessidade de descansar. Cabe aos adultos providenciar o descanso e este passa por os pais serem pessoas seguras e que assegurem a relação com os filhos.
As crianças precisam que os pais assumam a responsabilidade da relação, que mantenham e alimentem a relação, de modo a que elas possam descansar e, nesse período, desenvolver outras competências. Uma criança que está ansiosa pela atenção dos pais não está atenta na escola, por exemplo.
Brincar é a quinta necessidade a suprir. Não há mamífero que não brinque e é nesse contexto que se desenvolve, aponta Neufeld. E brincar não é estar à frente de uma consola ou de um computador; é “movimentar-se livremente num espaço limitado”, não é algo que se aprenda ou que se ensine. E, neste ponto, Neufeld critica o facto de as crianças irem cada vez mais cedo para a escola, o que não promove o desenvolvimento da brincadeira. “Os ecrãs estão a sufocar a brincadeira e as crianças não têm tempo suficiente para brincarem”, nota o psicólogo clínico que, nas últimas semanas, fez um périplo por vários países europeus, tendo sido ouvido no Parlamento Europeu, em Bruxelas sobre “qualidade na infância”.
Por fim, a sexta necessidade é a de ter capacidade de sentir as emoções, de ter um “coração sensível”. “Estamos tão focados em questões de comportamento, de aprendizagem, de educação; em definir o que são traumas; que nos esquecemos do que são os sentimentos. As crianças estão a perder os sentimentos quando dizem ‘não quero saber’, ‘isso não me interessa’, estão a perder os seus corações sensíveis”, diz Neufeld.
Em resumo, é necessário que os pais criem uma forte relação emocional com os filhos, de maneira a que estes sejam saudáveis. Os pais são os primeiros e são insubstituíveis na educação dos filhos e são eles que devem ser responsáveis pelo seu desenvolvimento integral e felicidade. Se assim for, estarão também a contribuir para o bem-estar da sociedade.
 

Comentários

  • Adélia Mendes, via Facebook

    Sempre ouvi dizer: "Só não chora quem não tem cora

    e que os problemas dos outros lhes sejam completamente indiferente! Com isto, os pais não estarão a causar sofrimento aos seus filhos (fazer chorar sem necessidade), como muitos poderão pensar, mas pelo contrário, estão a torná-los mais humanos!Ouvir um “não” é tão necessário quanto um feedback positivo ou uma demonstração de carinho. Um “não” na hora certa faz com que se ganhe estofo e que se saiba lidar com todos os outros “nãos” que terão de ouvir na vida. Criar vínculos e relações fortes não significa fazer a vontade ou evitar a todo o custo que as ditas lágrimas caiam, mas sim saber dizer “não” fazendo saber ouvir um “não”, transmitindo que, aconteça o que acontecer, os seus filhos serão sempre uma parte muito importante das suas vidas e que poderão contar com os seus pais em tudo.
  • Adélia Mendes, via Facebook

    Sempre ouvi dizer: "Só não chora quem não tem cora

    Não é que as crianças tenham de ter tristeza e tragédia nas suas vidas, de facto essas situações fazem crescer e amadurecer, mas aquilo em que acredito é que é necessário que tenham pelo menos noção da tragédia e da tristeza dos outros. É necessário que as pessoas se tornem mais humanas, mais altruístas e, para isso, têm de ter a capacidade de sentir as emoções, de se colocar no lugar do outro, de ajudar e partilhar. Penso que cabe aos pais incutirem estes valores na vida dos seus filhos, pois são eles que estão a criar os homens e mulheres que os seus filhos poderão vir a ser. A vida não é cor-de-rosa e quem tenta proteger os seus filhos do mundo real mostrando o contrário, não os está a proteger mas estará a cria-los de forma a que um dia não saibam lidar com os seus próprios problemas..
  • Adélia Mendes, via Facebook

    Sempre ouvi dizer "Só não chora quem não tem coraç

    Não é que as crianças tenham de ter tristeza e tragédia nas suas vidas, de facto essas situações fazem crescer e amadurecer, mas aquilo em que acredito é que é necessário que tenham pelo menos noção da tragédia e da tristeza dos outros. É necessário que as pessoas se tornem mais humanas, mais altruístas e, para isso, têm de ter a capacidade de sentir as emoções, de se colocar no lugar do outro, de ajudar e partilhar. Penso que cabe aos pais incutirem estes valores na vida dos seus filhos, pois são eles que estão a criar os homens e mulheres que os seus filhos poderão vir a ser. A vida não é cor-de-rosa e quem tenta proteger os seus filhos do mundo real mostrando o contrário, não os está a proteger mas estará a cria-los de forma a que um dia não saibam lidar com os seus próprios problemas ...
  • Adélia Mendes, via Facebook

    Sempre ouvi dizer: "Só não chora quem não tem cora

    Não é que as crianças tenham de ter tristeza e tragédia nas suas vidas, de facto essas situações fazem crescer e amadurecer, mas aquilo em que acredito é que é necessário que tenham pelo menos noção da tragédia e da tristeza dos outros. É necessário que as pessoas se tornem mais humanas, mais altruístas e, para isso, têm de ter a capacidade de sentir as emoções, de se colocar no lugar do outro, de ajudar e partilhar. Penso que cabe aos pais incutirem estes valores na vida dos seus filhos, pois são eles que estão a criar os homens e mulheres que os seus filhos poderão vir a ser. A vida não é cor-de-rosa e quem tenta proteger os seus filhos do mundo real mostrando o contrário, não os está a proteger mas estará a cria-los de forma a que um dia não saibam lidar com os seus próprios problemas ...
  • pr , , luxembourg

domingo, 18 de novembro de 2012

VÍNCULOS FORTES, FILHOS FELIZES

Tive a feliz oportunidade de assistir à Conferência proferida pelo Dr. Gordon Neufeld, no dia 16 do corrente no auditório do Montepio em Lisboa, sob o tema "Vínculos Fortes, Filhos Felizes".

O auditório estava repleto, o interesse estava patente na forma como todos escutavam as maravilhosas palavras do conferente.

Começou dizendo que as cilizações de toda a América, norte da Europa sofrem já os efeitos da falta de vínculos fortes entre pais e filhos.

Salientou que Portugal ainda é dos países da Europa em que esses vínculos subsistem.
 
A falta desse afecto é muitas vezes motivado pela correria dos pais que nos dias de hoje, muitas vezes, nem têm tempo de estar e até verem os seus filhos.

Este desenraizamento dos filhos faz com que os mesmos se entreguem à rua, à droga, à agressividade, à desordem,  surgindo também aquilo que denominamos por bulling, etc.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O FRACASSO DO EURO


A ARTE DE GOVERNAR

ORA AÍ ESTÁ A RESPOSTA (já antiga!) ...
BEM FÁCIL DE ENTENDER , NÃO ACHAM ?!
Sem tirar nem pôr ...

Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, na peça teatral Le Diable Rouge, de Antoine Rault:

Colbert: - Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço...
Mazarino: - Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado... é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!
Colbert: - Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criámos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: - Criando outros.
Colbert: - Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: - Sim, é impossível.
Colbert: - E sobre os ricos?
Mazarino: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: - Então como faremos?
Mazarino: - Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer, e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!

VEM AÍ ALGO DE NOVO


VEM AÍ ALGO DE NOVO ( Segunda vez)


Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que uma nova Era já começou!

As pessoas andam um bocado distraídas! Não deram conta que há cerca de 3 meses começou a Revolução! Não! Não me refiro a nenhuma figura de estilo, nem escrevo em sentido figurado! Falo mesmo de Revolução seguramente. Vai mesmo haver só que ainda não demos conta porque talvez se ande a olhar para o lado.

De facto, há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações profundas, e de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses... E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!

... tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.

Estamos a viver uma transformação radical, tanto ou mais profunda do que qualquer uma destas! Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução já começou!

Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10 factores":

1º- A Crise Financeira Mundial : desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...

2º- A Crise do Petróleo : Desde há 6 meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de... 50% (leu bem: cinquenta por cento). É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta lembrar que por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses! Acabaram as viagens de avião baratas (...e as férias massivas!), a inflação controlada, etc...

3º- A Contracção da Mobilidade : fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.

4º- A Imigração : a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!

5º- A Destruição da Classe Média : quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.

6º- A Europa Morreu : embora ainda estejam projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!

7º- A China ao assalto! Contou-me um profissional do sector: a construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios... da China. O gigante asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke...). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia...helás! Estamos a falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).

8º- A Crise do Edifício Social : As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e actuação comum...

9º- O Ressurgir da Rússia/Índia : para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!

10º- A Revolução Tecnológica : nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos 5 anos!

Eis pois, a Revolução!

Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é ainda desconhecido e... imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.

Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!

Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo, visionando e desfrutando das suas potencialidades! Da Revolução! Ir em frente! Sem medo!

Afinal, depois de cada Revolução, o Mundo sempre mudou para melhor!...

AUTOR DESCONHECIDO