Maria José Morgado "Corrupção anda sempre muito bem vestida e disfarçada"
A procuradora geral adjunta, Maria José Morgado, afirmou hoje, em entrevista ao Diário Económico, que “a corrupção não tem rosto, parte de fenómenos submersos e (…) anda sempre muito bem vestida e muito bem disfarçada, com grande respeitabilidade”.
País
O fenómeno da corrupção, um dos que mais preocupa o Ministério Público, esteve em análise numa entrevista concedida ao Diário Económico por Maria José Morgado.
A procuradora adjunta acredita que “a fraude fiscal e o branqueamento de capitais têm de ser uma prioridade para o Ministério Público, a Administração Tributária e para o Estado”, sendo que “a abordagem da corrupção tem de ser multidisciplinar”.
“Nós não temos um ‘corruptómetro’. A corrupção não tem rosto, parte de fenómenos submersos de uma economia subterrânea (…), anda sempre muito bem vestida e muito bem disfarçada, com uma grande respeitabilidade”, garantiu a magistrada, para quem a corrupção “é altamente empobrecedora para um País como Portugal” e “a vítima é cada um de nós”.
Para Maria José Morgado, “todos os serviços ligados à prestação de um serviço público são organizações consideradas não produtivas” e “como não há retorno palpável, há a tentação de restringir e cortar, cortar, cortar cada vez mais nesses serviços como uma forma de reduzir o défice”.
“Há uma desqualificação total das funções públicas que criam vulnerabilidades ao nível da Administração Pública. O Estado com a Administração Pública destruída não é um Estado de direito, nem é um Estado democrático. Pode ser um Estado totalitário, ou outra coisa qualquer”, lamentou.
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“Nós não temos um ‘corruptómetro’. A corrupção não tem rosto, parte de fenómenos submersos de uma economia subterrânea (…), anda sempre muito bem vestida e muito bem disfarçada, com uma grande respeitabilidade”, garantiu a magistrada, para quem a corrupção “é altamente empobrecedora para um País como Portugal” e “a vítima é cada um de nós”.
Para Maria José Morgado, “todos os serviços ligados à prestação de um serviço público são organizações consideradas não produtivas” e “como não há retorno palpável, há a tentação de restringir e cortar, cortar, cortar cada vez mais nesses serviços como uma forma de reduzir o défice”.
“Há uma desqualificação total das funções públicas que criam vulnerabilidades ao nível da Administração Pública. O Estado com a Administração Pública destruída não é um Estado de direito, nem é um Estado democrático. Pode ser um Estado totalitário, ou outra coisa qualquer”, lamentou.
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