domingo, 30 de março de 2014

GOVERNO ENTRE MENTIRAS E DIVISÕES

Governo entre mentiras e divisões

29 de Março, 2014por Pedro D'Anunciação
Os membros do Governo deveriam saber que os jornais e jornalistas só são obrigados a protegerem as fontes, no ‘off the record’, se estas não mentirem, e se revelarem completamente transparentes.O Ministério das Finanças, através do secretário de Estado da Administração Pública, convocou alguns dos mais destacados meios de comunicação para, em ‘off the record’ acordado, dar conta dos projectos de se tornarem permanentes os cortes de pensões e de salários da Função Pública, que o Tribunal Constitucional só aceitara como provisórios.
O pior foi o porta-voz do Governo, Marques Guedes, no final do Conselho de Ministros e 5ª-feira passada, ter insultado os jornais por notícias que tinham saído formalmente do Governo, e do Ministério das Finanças. De resto, o facto de não se anunciar a demissão do secretário de Estado mostra que, com ou sem oposições internas (mesmo com a contrariedade de Passos Coelho, quando chegou de Moçambique, ou as censuras de Portas, na Assembleia), ele não andou fora das politicas oficiais. Quis fazer o que é hábito deste Governo: lançar uma informação para os jornais, medir as reacções, e só depois concretizar a medida. Marques Guedes, aterrado com as eleições, preferiu arriscar o alarido, que saiu em boomrang (com volta). Talvez mau hábito, por estes tempos em que tanto jornalismo anda de namoro com os partidos.
O problema é que estamos em época pré-eleitoral, e o ‘que se lixem as eleições’ do primeiro-ministro deixou de estar em vigor (só esteve quando as eleições eram longínquas). Parece que agora a ideia é não anunciar mais cortes antes das europeias, e preferentemente até antes das legislativas. E apresentar como limpa a saída do resgate, por mais suja e condicionada que ela de facto seja. Pelo seu lado, Paulo Portas e o CDS terão de se conformar com o que se diz numa anedota que por aí corre: dizerem aos pensionistas que conseguem assegurar-lhes ‘meia pensão’.

         





SERÀ MESMO VERDADE?

Subject: FW: Empresário Joaquim Oliveira
 
Um Joaquim entre outros!!!
 Deixem ver se percebo:
- O Joaquim pede emprestado quase 300 milhões de euros para comprar os jornais DN, JN e a TSF, aos bancos BCP e BES;
- O Joaquim não paga!? nem os juros!;
- Os bancos perdoam quase 2/3 da divida;
- Outra parte convertida em capital, ficando o Joaquim com uma parte!!!!
- O BCP recebeu uma ajuda do Governo (isto é, de todos nós) de três mil milhões de euros! para tapar os ?seus? buracos e os da OLIVEDESPORTOS ?
- AO QUE CONSTA, A MAIOR PARTE DA OLIVESDESPORTOS VAI SER COMPRADA PELO MOSQUITO, EMPRESÁRIO ANGOLANO QUE JÁ COMPROU A SOARES DA COSTA E TEM INTERESSES NA SAD DO SPORTING.
Conclusão:
- O Joaquim comprou uma grande empresa de comunicação social, com muita influência política.
- O Joaquim não meteu um tostão seu na compra, pois os bancos pagaram por ele.
- O Joaquim não pagou a dívida?..nem vai pagar.
- Os bancos quase que faliram e perdoam.
- Não faz mal, a malta paga sempre.
Terei percebido? bem?
Ah, esqueci-me: o Joaquim é dono da SportTv, que manda no futebol, e nenhum Banco penhorou as acções dele!
E NINGUÉM VAI PRESO ? ? ?
ISTO É UM GANG DE GATUNOS A VIVEREM À NOSSA CUSTA ! ! !


Qualquer governo deve uma explicação ao seu povo. Se governa para o povo.

 
 

 

sábado, 29 de março de 2014

CARTA A UMA GERAÇÃO ERRADA

Caros João Cravinho, Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, Ferro Rodrigues, Sevinate Pinto, Vitor Martins e demais subscritores do manifesto pela reestruturação da divida publica: Que tal deixarem para a geração seguinte a tarefa de resolver os problemas gravíssimos que vocês lhes deixaram? É que as vossas propostas já não resolvem, só agravam os problemas. Que tal darem lugar aos mais novos?

Vi, ouvi, li, e não queria acreditar. 70 das mais importantes personalidades do país, parte substancial da nossa elite, veio propor que se diga aos credores internacionais o seguinte:
– Desculpem lá qualquer coisinha mas nós não conseguimos pagar tudo o que vos devemos, não conseguimos sequer cumprir as condições que nós próprios assinámos, tanto em juros como em prazos de amortizações!
Permitam-me uma pergunta simples e direta: Vocês pensaram bem no momento e nas consequências da vossa proposta, feita a menos de dois meses do anúncio do modo de saída do programa de assistência internacional?
Imaginaram que, se os investidores internacionais levarem mesmo a sério a vossa proposta, poderão começar a duvidar da capacidade e da vontade de Portugal em honrar os seus compromissos e poderão voltar a exigir já nos próximos dias um prémio de risco muito mais elevado pela compra de nova dívida e pela posse das obrigações que já detêm?
Conseguem perceber que, na hipótese absurda de o Governo pedir agora uma reestruturação da nossa dívida, os juros no mercado secundário iriam aumentar imediatamente e deitar a perder mais de três anos de austeridade necessária e incontornável para recuperar a confiança dos investidores, obrigando, isso sim, a um novo programa de resgate e ainda a mais austeridade, precisamente aquilo que vocês dizem querer evitar?
Conseguem perceber que, mesmo na hipótese absurda de os credores oficiais internacionais FMI, BCE e Comissão Europeia aceitarem a proposta, só o fariam contra a aceitação de uma ainda mais dura condicionalidade, ainda mais austeridade?
Conseguem perceber que os credores externos, nomeadamente os alemães, iriam imediatamente responder – Porque é que não começam por vocês próprios?
Os vossos bancos não têm mais de 25 por cento da vossa dívida pública nos seus balanços, mais de 40 mil milhões de euros, e o vosso Fundo de Capitalização da Segurança Social não tem mais de 8 mil milhões de euros de obrigações do Tesouro? Peçam-lhes um perdão parcial de capital e de juros.
Conseguem perceber que, neste caso, os bancos portugueses ficariam à beira da falência e a Segurança Social ficaria descapitalizada?
Nenhum de vós, subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida pública, faria tal proposta se fosse Ministro das Finanças. E sobretudo não a faria neste delicadíssimo momento da vida financeira do país. Mesmo sendo uma proposta feita por cidadãos livres e independentes, pela sua projeção social poderá ter impacto externo e levar a uma degradação da perceção dos investidores, pela qual vos devemos responsabilizar desde já. Se isso acontecer, digo-vos que como cidadão contribuinte vou exigir publicamente que reparem o dano causado ao Estado.
Conseguem perceber porque é que o partido que pode ser Governo em breve, liderado por António José Seguro, reagiu dizendo apenas que se deve garantir uma gestão responsável da dívida pública e nunca falando de reestruturação?
Pergunto-vos também se não sabem que uma reestruturação de dívida pública não se pede, nunca se anuncia publicamente. Se é preciso fazer-se, faz-se. Discretamente, nos sóbrios gabinetes da alta finança internacional.
Aliás, vocês não sabem que Portugal já fez e continua a fazer uma reestruturação discreta da nossa dívida pública? Vitor Gaspar como ministro das Finanças e Maria Luis Albuquerque como Secretária de Estado do Tesouro negociaram com o BCE e a Comissão Europeia uma baixa das taxas de juro do dinheiro da assistência, de cerca de 5 por cento para 3,5 por cento. Negociaram a redistribuição das maturidades de 52 mil milhões de euros dos respetivos créditos para o período entre 2022 e 2035, quando os pagamentos estavam previstos para os anos entre 2015 e 2022, esse sim um calendário que era insustentável.
Ao mesmo tempo, juntamente com o IGCP dirigido por João Moreira Rato, negociaram com os credores privados Ofertas Públicas de Troca que consistem basicamente em convencê-los a receber o dinheiro mais tarde.
A isto chama-se um “light restructuring”, uma reestruturação suave e discreta da nossa dívida, que continua a ser feita mas nunca pode ser anunciada ao mundo como uma declaração de incapacidade de pagarmos as nossas responsabilidades.
Sabem que em consequência destas iniciativas, e sobretudo da correção dos défices do Estado, dos cortes de despesa pública, da correção das contas externas do país que já vai em quase 3 por cento do PIB, quase cinco mil milhões de euros de saldo positivo, os credores internacionais voltaram a acreditar em nós. De tal forma que os juros das obrigações do Tesouro a 10 anos no mercado secundário já estão abaixo dos 4,5 por cento.
Para os mais distraídos, este é o valor médio dos juros a pagar pela República desde que aderimos ao Euro em 1999. O valor factual já está abaixo. Basta consultar a série longa das Estatísticas do Banco de Portugal.
E sim, Eng. João Cravinho, é bom lembrar-lhe que a 1 de janeiro de 1999, a taxa das obrigações a 10 anos estava nos 3,9 por cento mas quando o seu Governo saiu, em Outubro desse ano, já estava nos 5,5 por cento, bem acima do valor atual.
É bom lembra-lhe que fazia parte de um Governo que decidiu a candidatura ao Euro 2004 com 10 estádios novos, quando a UEFA exigia só seis. E que decidiu lançar os ruinosos projetos de SCUT, sem custos para o utilizador, afinal tão caros para os contribuintes. O resultado aí está, a pesar na nossa dívida pública.
É bom lembrar aos subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida pública que muitos de vós participaram nos Conselhos de Ministros que aumentaram objetivamente a dívida pública direta e indireta.
Foram corresponsáveis pela passagem dos cheques da nossa desgraça atual. Negócios de Estado ruinosos, negócios com privados que afinal eram da responsabilidade do contribuinte. O resultado aí está, a pesar direta e indiretamente nos nossos bolsos.
Sim, todos sabemos que quem pôs o acelerador da dívida pública no máximo foi José Sócrates, Teixeira dos Santos, Costa Pina, Mário Lino, Paulo Campos, Maria de Lurdes Rodrigues com as suas escolas de luxo que foram uma festa para a arquitetura e agora queimam as nossas finanças.
Mas em geral, todos foram responsáveis pela maneira errada de fazer política, de fazer negócios sem mercado, de misturar política com negócios, de garantir rendas para alguns em prejuízo de todos.
Sabem perfeitamente que em todas as crises de finanças públicas a única saída foi o Estado parar de fazer nova dívida e começar a pagar a que tinha sido acumulada. A única saída foi a austeridade.
Com o vosso manifesto, o que pretendem? Voltar a fazer negócios de Estado como até aqui? Voltar a um modelo de gastos públicos ruinosos com o dinheiro dos outros?
Porque é que em vez de dizerem que a dívida é impagável, agravando ainda mais a vida financeira das gerações seguintes, não ajudam a resolver os gravíssimos problemas que a economia e o Estado enfrentam e que o Governo não tem coragem nem vontade de resolver ao contrário do que diz aos portugueses?
Porque é que não contribuem para que se faça uma reforma profunda do Estado, no qual se continuam a gastar recursos que não temos para produzir bens e serviços inúteis, ou para muitos departamentos públicos não produzirem nada e ainda por cima impedirem os empresários de investir com burocracias economicamente criminosas?
Porque não canalizam as vossas energias para ajudar a uma mudança profunda de uma economia que protege setores inteiros da verdadeira concorrência prejudicando as famílias, as PME, as empresas exportadoras e todos os que querem produzir para substituir importações em condições de igualdade com outros empresários europeus?
Porque não combatem as práticas de uma banca que cobra os spreads e as comissões mais caros da Europa?
Um setor elétrico que recebe demais para não produzir eletricidade na produção clássica e para produzir em regime especial altamente subsidiado à custa de todos nós?
Um setor das telecomunicações que, apesar de parcialmente concorrencial, ainda cobra 20, 30 e até 40 por cento acima da média europeia em certos pacotes de serviços?
Porque não ajudam a cortar a sério nas rendas das PPP e da Energia? Nos autênticos passadouros de dinheiros públicos que são as listas de subvenções do Estado e de isenções fiscais a tudo o que é Fundações e Associações, algumas bem duvidosas?
Acham que tudo está bem nestes setores? Ou será que alguns de vós beneficiam direta ou indiretamente com a velha maneira de fazer negócios em Portugal e não querem mudar de atitude?
Estará a vossa iniciativa relacionada com alguns cortes nas vossas generosas pensões?
Pois no meu caso eu já estou a pagar IRS a 45 por cento, mais uma sobretaxa de 3,5 por cento, mais 11 por cento de Segurança Social, o que eleva o meu contributo para 59,5 por cento nominais e não me estou a queixar.
Sabem, a minha reforma já foi mais cortada que a vossa. Quando comecei a trabalhar, tinha uma expectativa de receber a primeira pensão no valor de mais de 90 por cento do último salário. Agora tenho uma certeza: a minha primeira pensão vai ser de 55 por cento do último salário.
E não me estou a queixar, todos temos de contribuir.
Caros subscritores do Manifesto para a reestruturação da dívida pública, desculpem a franqueza: a vossa geração está errada. Não agravem ainda mais os problemas que deixaram para a geração seguinte. Façam um favor ao país – não criem mais problemas. Deixem os mais novos trabalhar.

José Gomes Ferreira

TALVEZ POSSA SERVIR PARA PORTUGAL?

Adolescente diz ao governo dos EUA como poupar 370 milhões de dólares


Aluno do secundário concluiu que alterando o tipo de letra dos documentos oficiais poderia fazer-se uma poupança de milhões de dólares.

Jovem mediu a quantidade de tinta para impressora usada em quatro tipos de letra Steve Marcus/Reuters
Suvir Mirchandani, 14 anos, tem uma solução de poupança para os Estados Unidos, que pode atingir anualmente os 370 milhões de dólares (269 milhões de euros). Basta que as autoridades governamentais e federais do país alterem o tipo de letra que usam nos seus documentos impressos.
Tudo se resume à quantidade de tinta para impressoras que se gasta sempre que se imprime um documento. Mirchandani, aluno do liceu de Dorseyville, perto de Pittsburg, chegou a essa conclusão quando imprimia trabalhos escolares e fez um cálculo de quanto se gastava em tinta. O que era apenas uma curiosidade pessoal tornou-se um projecto de investigação, que levou a uma feira de ciências na sua escola. Mas foi desafiado a ir mais longe pelos professores.
Através do software APFill, que permite gastar menos tinta e toner nas impressoras, o jovem tentou determinar quanta tinta era gasta quando se escrevia as letras e, t, a, o e r, as mais usadas. Para isso analisou quatro tipos de letra – Century Gothic, Comic Sans, Garamond e Times New Roman. Em seguida aumentou o tamanho das letras, imprimiu-as, recortou-as e pesou-as. Ao fim de três ensaios, desenhou um gráfico sobre a quantidade de tinta usada por cada tipo de letra.
Feitas as contas, Mirchandani concluiu que era o Garamond que permitia menos gastos e que se fosse trocado pelo Times New Roman, que vem com a maioria dos processadores de texto, podia conseguir-se uma poupança de milhares de dólares.
“A tinta é duas vezes mais dispendiosa do que um perfume francês em volume”, comparou o jovem em declarações à CNN. Tendo como amostra a sua própria escola, Mirchandani garantiu que era possível poupar 21 mil dólares (15 mil euros) se se fizesse a mudança tipográfica. Se essa solução fosse alargada ao governo e aos serviços administrativos norte-americanos, os custos seriam reduzidos em 370 milhões anuais.
A proposta de Mirchandani ainda não teve uma reacção oficial, mas, à CNN, o gestor do departamento de impressões do Governo federal, Gary Somerset, considerou-a “notável”.
O adolescente está entusiasmado, mas admite que será difícil implementar o seu projecto. “Reconheço que é difícil alterar o comportamento de alguém. Essa é a parte mais complicada”, disse à mesma estação de televisão norte-americana. Mas Mirchandani não pretende desistir: “Iria definitivamente adorar assistir a algumas mudanças e ficaria feliz em ir o mais longe possível para tornar essas mudanças possíveis”.

Governo discute nova taxa para grandes empresas

Com dificuldades em cumprir novos cortes, ministros voltam a ponderar lançar taxa sobre sectores mais ricos.


Ângela Silva e Filipe Santos Costa
Conselho de Ministros começa na segunda-feira a discutir o Documento de Estratégia Orçamental
Conselho de Ministros começa na segunda-feira a discutir o Documento de Estratégia Orçamental
Alberto Frias
Se os cortes nas despesas dos ministérios não forem suficientes para acomodarem as metas acordadas com a troika - défice de 2,5% em 2015 - alguns ministros do PSD admitem voltar a propor taxas sobre os sectores mais protegidos da economia.
"Todos os ministérios estão a fazer um enorme esforço e o novo quadro macroeconómico pode ajudar muito. Mas não vejo porque é que não se há de voltar a falar em taxar sectores como o das telecomunicações, grande distribuição ou PPP", afirmou um ministro ao Expresso, considerando que "esta não deve ser uma questão tabu".
O Governo começa segunda-feira a discutir os tetos para a despesa a incluir no Documento de Estratégia Orçamental.

Leia mais na edição deste sábado do Expresso.

sexta-feira, 28 de março de 2014

VASCO PULIDO VALENTE


Opinião

Uma lição de coisas


O que a crise da Crimeia claramente deixou ver foi que a América já não é uma potência global.
                                         

Qual foi o resultado da suposta “confrontação” entre o Ocidente e a Rússia? A Rússia anexou a Crimeia sem resistência militar ou outra. O Ocidente manifestou com muito cuidado a sua desaprovação. A América retirou o visto a meia dúzia de comparsas de Putin e prometeu à Europa que lhe forneceria gás para a tornar menos “dependente” da Rússia. A Europa e a América também expulsaram a Rússia dos G8, que voltam agora a ser os G7. O resto não passou de uma retórica mansa, para consolo da “opinião” com impulsos alegadamente “democráticos”.
Isto bastou para que “eurófilos” de vária pinta viessem falar do fracasso de Putin, da “aproximação da Europa e da América” e do “isolamento” da Rússia; e a farsa, apoiada pela viagem de Obama a Bruxelas, convenceu quem se quis convencer.
Infelizmente, as coisas são, de maneira geral, ao contrário. Em primeiro lugar, o Ocidente demonstrou ao mundo inteiro que recusa um novo conflito, na Ucrânia ou no pólo Norte: a América porque, ao fim de uma guerra perdida no Iraque e no Afeganistão, o eleitorado está maciçamente contra uma nova aventura; a Europa porque não tem dinheiro, nem poder militar para ameaçar ninguém (Obama até pediu que a França, a Inglaterra e a Alemanha investissem em armamento um pouco mais do que investem hoje). E, em segundo lugar, porque, longe de ficar “isolada”, a Rússia continua, imperturbável, a receber investimento americano, alemão e até francês; e a absorver uma parte vital do que a Alemanha e a Inglaterra exportam. Com ou sem declamações para consumo popular, os negócios não vão ser perturbados.
A Rússia, disse Obama, é uma “potência regional”. Este exemplo de arrogância, e de inconsciência, não muda a realidade. O que a crise da Crimeia claramente deixou ver foi que a América já não é uma potência global. Não admira que a China se aproximasse da Rússia; e que, na África e na Ásia, se fale cada vez com maior insistência na “hipocrisia americana” (para não falar na “hipocrisia europeia”). Como não admira que a sra. Merkel, depois de se aliviar de umas frases pias, se preocupasse sobretudo em defender o interesse económico da Alemanha na Federação Russa. A América e a Europa saíram muito mal da suposta “confrontação” com Putin: sem unidade e sem iniciativa. Pior ainda: tão “apaziguadores” como os velhos de 1930, anunciaram em Bruxelas que reservam a sua verdadeira cólera para o caso de a Rússia persistir numa política de expansão, que Putin, por enquanto, rejeita. Mas que, se a confusão e a irresponsabilidade do Ocidente não acabarem depressa, não rejeitará sempre.

ACORDAI...ACORDAI...ACORDAI...

Dr Medina Carreira : ACORDA POVO, PORQUE A NAÇÃO DE TI PRECISA...TEU GRITO SERÁ A TUA ARMA...
 
 
  Dr. Medina Carreira :

ACORDA POVO, PORQUE A NAÇÃO DE TI PRECISA... TEU GRITO SERÁ A TUA ARMA...
   Governo Português
3 governos no continente e ilhas
333 deputados no continente e ilhas
308 câmaras
4.259 freguesias
1.770 vereadores
30.000 carros
40.000(?) fundações e associações
500 assessores em Belém
1.284 serviços e institutos públicos
Para a Assembleia da República Portuguesa ter um número de deputados equivalentes à Alemanha, teria de reduzir em mais de 50%.
O POVO PORTUGUÊS NÃO TEM CAPACIDADE PARA CRIAR RIQUEZA SUFICIENTE, PARA ALIMENTAR ESTA CORJA DE GATUNOS!
É POR ESTAS E POR OUTRAS QUE PORTUGAL É O PAÍS DA EUROPA EM QUE SIMULTÂNEAMENTE SE VERIFICAM OS SALÁRIOS MAIS ALTOS A NÍVEL DE
GESTORES/ADMINISTRADORES E O SALÁRIO MÍNIMO MAIS BAIXO PARA OS HABITUAIS ESCRAVIZADOS.
ISTO É ABOMINÁVEL!!!
ACORDA, POVO! ESTAS, SIM, É QUE SÃO AS GORDURAS QUE TÊM DE SER ELIMINADAS E NÃO AS DE QUE O GOVERNO FALA.
 

A VERDADE SOBRE OS DESCONTOS PARA A ADSE OU SEJA ESTADO


Envio um estudo onde analiso uma das malfeitorias mais recentes deste governo contra os trabalhadores e aposentados da Função Pública : aumento dos descontos nos salários e nas pensões para a ADSE superior ao que é necessário para cobrir as despesas da ADSE, gerando assim um excedente de mais de 284,7 milhões de euros que servirá para reduzir o défice orçamental em 2014. Um espécie de mais um imposto disfarçado, pois não tem qualquer contrapartida de aumento de serviços.

Com consideração

Eugénio Rosa

VIVA PORTUGAL

Imagem

terça-feira, 25 de março de 2014

A DIFERENÇA

O 1º Ministro de Espanha em declarações à TVE, sobre a apresentação do OE-2013, referindo-se aos reformados, disse:
... "A primeira prioridade é tratar os pensionistas da melhor maneira possível.
A minha primeira instrução ao ministro das Finanças é de que as pessoas que não se devem prejudicar são os pensionistas.

"No Orçamento de Estado deste ano só há dois sectores que sobem: os juros da ...dívida e as pensões.
Não tenho nenhum interesse e se há algo que não tocarei são as pensões"

"Rajoy sublinhou que o pensionista é a pessoa mais indefesa, que tem a situação mais difícil,
porque não pode ir procurar outro posto de trabalho aos 70 ou 80 anos, tendo uma situação muito mais difícil"...

Fim de citação.
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ESTA DIDERENÇA VAI TER OS SEUS EFEITOS NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES. OS GRANDES QUE VOTEM NESTE GOVERNO.

A MINHA LÍNGUA É A MINHA PÁTRIA


                                  
 
 
 
 
                      P O E S I A   V Á R I A
 
 
                    A COR DO (H)ORTO GRÁFICO
 
 
                    Ai! Não me digam que escrevo com erros….
                    Com erros também, sim! Quem os não dá?
                    Mas dos erros do acordo nem a ferros
                    Me convencem os sábios de cá e de lá!
 
 
                    E nunca escrevo de “fato” o fato
                    Está mesmo um horror de “confeção”….
                    Porque de facto visto sempre um fato
                    Com aceitável e certa confecção!
 
 
                    Oh! Catedráticos iluminados!
                    Não vos deixo matar a minha Pátria
                    Que é a minha língua civilizada!
 
 
                    Mando às urtigas os vossos tratados
                    E a vossa tão falsa teoria pária
                    E adopto, sempre, a minha Língua Amada!
 
 
 
 
                    Aníbal Sequeira
                          Lardosa (C.B.), 2. Fev. 2011
 
 
 
 

sábado, 22 de março de 2014

BOCAGE

A arte de bem falar português (antes do acordo ortográfico pretuguês). cid:55BC7E77-269E-4C8D-B146-F9E4378FE0DE
 Assim era Barbosa du Bocage.....
Conta-se que Bocage, ao chegar a casa um certo dia, ouviu um barulho estranho vindo do quintal.
Chegando lá, constatou que um ladrão tentava levar os seus patos de
criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, disse-lhe:
-Oh, bucéfalo anácrono! Não te interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo... mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com a minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
-Doutor, afinal levo ou deixo os patos?
 
-/-

 
TELEGRAMA PARA LUANDA
 
Lisboa mandou um telex para o Instituto de Meteorologia e Geofísica de Luanda avisando:
1 - MANIFESTAÇÃO SÍSMICA. STOP.
2 - 7 DE RICHTER. STOP
3 - EPICENTRO A 3 KM DE LUANDA.STOP
4 - TOMAR PRECAUÇÕES. STOP

 
Dois meses mais tarde respondem de Luanda:
1 - MANIFESTAÇÃO FOI TRAVADA.
2 - LIQUIDAMOS OS 7, MAIS O RICHTER.
3 - O EPICENTRO E SEUS CAPANGAS ESTÃO DETIDOS.
4 - DESCULPEM NÓS SÓ AGORA RESPONDER, MAS HOUVE AQUI UM TERRAMOTO QUE IA DANDO CABO DESTA MERDA TODA.

 
 

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sexta-feira, 21 de março de 2014

OPINIÂO



22 OUTUBRO 2012



OPINIÃO

António Bravo


Éum facto por demais sabido que as remunerações (oficiais) dos titulares de cargos públicos em Portugal, não confundir com administradores de empresas públicas, não são de forma alguma entusiasmantes. Veja-se, por exemplo o vencimento de Presidente da República que sendo o do topo da hierarquia é o mais elevado, cerca de € 10.000,00/mês e mesmo assim não excede comparativamente o de um qualquer administrador duma empresa de 2ª linha, com a vantagem para este último de que não tem a mediatização do primeiro nem está sob o desgastante escrutínio permanente da nação.


Contudo, verifica-se que candidatos aos cargos da República é coisa que não falta. Seja para ministro, secretário de estado, deputado, autarca, adjunto, assessor etc., etc. Sempre que as eleições e ou nomeações se aproximam é vê-los, quais formigas diligentes, a porem-se em bicos de pés, a moverem as suas influências, a tentarem cobrar favores e serviços anteriormente prestados para obterem o almejado lugar à manjedoura do Estado.
À primeira vista dir-se-ia que é demasiado afã para tão parco estipêndio.

Porém, a importância de tais lugares, para além do "penacho" que eventualmente possam dar, reside no facto de proporcionarem a posteriori interessantes e deveras bem remunerados cargos de consultores e administradores em bancos, empresas públicas e privadas e em importantes sociedades de prestação de serviços.

Durante a sua permanência no estado adquirem um rol de conhecimentos e de influências que muito úteis são ao "lobbying" que as empresas fazem para obterem o que pretendem, daí que sejam muito solicitados quando cessam funções oficiais.

A nossa vida pública está cheia destes exemplos. É um fenómeno transversal a todos os partidos políticos e muito em especial aos do arco da governação.
Assim, é vulgar que saiam de ministros ou de quaisquer outros cargos para presidentes de conselhos de administração e administradores de várias empresas simultaneamente, consultores de grandes grupos económicos ou ainda para integrarem os quadros dos principais escritórios de advogados.

Mas não se pense que este é um fenómeno recente e que surgiu após a restauração da democracia em 25 de Abril de 74. Já no tempo da "outra senhora", vulgo Estado Novo, isto era prática corrente.
Vem desse tempo o ditado: Ser ministro é a pasta que dá acesso à "posta".
António Bravo escreve de acordo com a antiga ortografia

quarta-feira, 19 de março de 2014

JOSÉ GOMES FERREIRA


11:08 12.03.2014

Carta a uma Geração Errada

Caros João Cravinho, Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, Ferro Rodrigues, Sevinate Pinto, Vitor Martins e demais subscritores do manifesto pela reestruturação da divida publica: Que tal deixarem para a geração seguinte a tarefa de resolver os problemas gravíssimos que vocês lhes deixaram? É que as vossas propostas já não resolvem, só agravam os problemas. Que tal darem lugar aos mais novos?





Vi, ouvi, li, e não queria acreditar. 70 das mais importantes personalidades do país, parte substancial da nossa elite, veio propor que se diga aos credores internacionais o seguinte:
– Desculpem lá qualquer coisinha mas nós não conseguimos pagar tudo o que vos devemos, não conseguimos sequer cumprir as condições que nós próprios assinámos, tanto em juros como em prazos de amortizações!
Permitam-me uma pergunta simples e direta: Vocês pensaram bem no momento e nas consequências da vossa proposta, feita a menos de dois meses do anúncio do modo de saída do programa de assistência internacional?
Imaginaram que, se os investidores internacionais levarem mesmo a sério a vossa proposta, poderão começar a duvidar da capacidade e da vontade de Portugal em honrar os seus compromissos e poderão voltar a exigir já nos próximos dias um prémio de risco muito mais elevado pela compra de nova dívida e pela posse das obrigações que já detêm?
Conseguem perceber que, na hipótese absurda de o Governo pedir agora uma reestruturação da nossa dívida, os juros no mercado secundário iriam aumentar imediatamente e deitar a perder mais de três anos de austeridade necessária e incontornável para recuperar a confiança dos investidores, obrigando, isso sim, a um novo programa de resgate e ainda a mais austeridade, precisamente aquilo que vocês dizem querer evitar?
Conseguem perceber que, mesmo na hipótese absurda de os credores oficiais internacionais FMI, BCE e Comissão Europeia aceitarem a proposta, só o fariam contra a aceitação de uma ainda mais dura condicionalidade, ainda mais austeridade?
Conseguem perceber que os credores externos, nomeadamente os alemães, iriam imediatamente responder – Porque é que não começam por vocês próprios?
Os vossos bancos não têm mais de 25 por cento da vossa dívida pública nos seus balanços, mais de 40 mil milhões de euros, e o vosso Fundo de Capitalização da Segurança Social não tem mais de 8 mil milhões de euros de obrigações do Tesouro? Peçam-lhes um perdão parcial de capital e de juros.
Conseguem perceber que, neste caso, os bancos portugueses ficariam à beira da falência e a Segurança Social ficaria descapitalizada?
Nenhum de vós, subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida pública, faria tal proposta se fosse Ministro das Finanças. E sobretudo não a faria neste delicadíssimo momento da vida financeira do país. Mesmo sendo uma proposta feita por cidadãos livres e independentes, pela sua projeção social poderá ter impacto externo e levar a uma degradação da perceção dos investidores, pela qual vos devemos responsabilizar desde já. Se isso acontecer, digo-vos que como cidadão contribuinte vou exigir publicamente que reparem o dano causado ao Estado.
Conseguem perceber porque é que o partido que pode ser Governo em breve, liderado por António José Seguro, reagiu dizendo apenas que se deve garantir uma gestão responsável da dívida pública e nunca falando de reestruturação?
Pergunto-vos também se não sabem que uma reestruturação de dívida pública não se pede, nunca se anuncia publicamente. Se é preciso fazer-se, faz-se. Discretamente, nos sóbrios gabinetes da alta finança internacional.
Aliás, vocês não sabem que Portugal já fez e continua a fazer uma reestruturação discreta da nossa dívida pública? Vitor Gaspar como ministro das Finanças e Maria Luis Albuquerque como Secretária de Estado do Tesouro negociaram com o BCE e a Comissão Europeia uma baixa das taxas de juro do dinheiro da assistência, de cerca de 5 por cento para 3,5 por cento. Negociaram a redistribuição das maturidades de 52 mil milhões de euros dos respetivos créditos para o período entre 2022 e 2035, quando os pagamentos estavam previstos para os anos entre 2015 e 2022, esse sim um calendário que era insustentável.
Ao mesmo tempo, juntamente com o IGCP dirigido por João Moreira Rato, negociaram com os credores privados Ofertas Públicas de Troca que consistem basicamente em convencê-los a receber o dinheiro mais tarde.
A isto chama-se um “light restructuring”, uma reestruturação suave e discreta da nossa dívida, que continua a ser feita mas nunca pode ser anunciada ao mundo como uma declaração de incapacidade de pagarmos as nossas responsabilidades.
Sabem que em consequência destas iniciativas, e sobretudo da correção dos défices do Estado, dos cortes de despesa pública, da correção das contas externas do país que já vai em quase 3 por cento do PIB, quase cinco mil milhões de euros de saldo positivo, os credores internacionais voltaram a acreditar em nós. De tal forma que os juros das obrigações do Tesouro a 10 anos no mercado secundário já estão abaixo dos 4,5 por cento.
Para os mais distraídos, este é o valor médio dos juros a pagar pela República desde que aderimos ao Euro em 1999. O valor factual já está abaixo. Basta consultar a série longa das Estatísticas do Banco de Portugal.
E sim, Eng. João Cravinho, é bom lembrar-lhe que a 1 de janeiro de 1999, a taxa das obrigações a 10 anos estava nos 3,9 por cento mas quando o seu Governo saiu, em Outubro desse ano, já estava nos 5,5 por cento, bem acima do valor atual.
É bom lembra-lhe que fazia parte de um Governo que decidiu a candidatura ao Euro 2004 com 10 estádios novos, quando a UEFA exigia só seis. E que decidiu lançar os ruinosos projetos de SCUT, sem custos para o utilizador, afinal tão caros para os contribuintes. O resultado aí está, a pesar na nossa dívida pública.
É bom lembrar aos subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida pública que muitos de vós participaram nos Conselhos de Ministros que aumentaram objetivamente a dívida pública direta e indireta.
Foram corresponsáveis pela passagem dos cheques da nossa desgraça atual. Negócios de Estado ruinosos, negócios com privados que afinal eram da responsabilidade do contribuinte. O resultado aí está, a pesar direta e indiretamente nos nossos bolsos.
Sim, todos sabemos que quem pôs o acelerador da dívida pública no máximo foi José Sócrates, Teixeira dos Santos, Costa Pina, Mário Lino, Paulo Campos, Maria de Lurdes Rodrigues com as suas escolas de luxo que foram uma festa para a arquitetura e agora queimam as nossas finanças.
Mas em geral, todos foram responsáveis pela maneira errada de fazer política, de fazer negócios sem mercado, de misturar política com negócios, de garantir rendas para alguns em prejuízo de todos.
Sabem perfeitamente que em todas as crises de finanças públicas a única saída foi o Estado parar de fazer nova dívida e começar a pagar a que tinha sido acumulada. A única saída foi a austeridade.
Com o vosso manifesto, o que pretendem? Voltar a fazer negócios de Estado como até aqui? Voltar a um modelo de gastos públicos ruinosos com o dinheiro dos outros?
Porque é que em vez de dizerem que a dívida é impagável, agravando ainda mais a vida financeira das gerações seguintes, não ajudam a resolver os gravíssimos problemas que a economia e o Estado enfrentam e que o Governo não tem coragem nem vontade de resolver ao contrário do que diz aos portugueses?
Porque é que não contribuem para que se faça uma reforma profunda do Estado, no qual se continuam a gastar recursos que não temos para produzir bens e serviços inúteis, ou para muitos departamentos públicos não produzirem nada e ainda por cima impedirem os empresários de investir com burocracias economicamente criminosas?
Porque não canalizam as vossas energias para ajudar a uma mudança profunda de uma economia que protege setores inteiros da verdadeira concorrência prejudicando as famílias, as PME, as empresas exportadoras e todos os que querem produzir para substituir importações em condições de igualdade com outros empresários europeus?
Porque não combatem as práticas de uma banca que cobra os spreads e as comissões mais caros da Europa?
Um setor elétrico que recebe demais para n=3o produzir eletricidade na produção clássica e para produzir em regime especial altamente subsidiado à custa de todos nós?
Um setor das telecomunicações que, apesar de parcialmente concorrencial, ainda cobra 20, 30 e até 40 por cento acima da média europeia em certos pacotes de serviços?
Porque não ajudam a cortar a sério nas rendas das PPP e da Energia? Nos autênticos passadouros de dinheiros públicos que são as listas de subvenções do Estado e de isenções fiscais a tudo o que é Fundações e Associações, algumas bem duvidosas?
Acham que tudo está bem nestes setores? Ou será que alguns de vós beneficiam direta ou indiretamente com a velha maneira de fazer negócios em Portugal e não querem mudar de atitude?
Estará a vossa iniciativa relacionada com alguns cortes nas vossas generosas pensões?
Pois no meu caso eu já estou a pagar IRS a 45 por cento, mais uma sobretaxa de 3,5 por cento, mais 11 por cento de Segurança Social, o que eleva o meu contributo para 59,5 por cento nominais e não me estou a queixar.
Sabem, a minha reforma já foi mais cortada que a vossa. Quando comecei a trabalhar, tinha uma expectativa de receber a primeira pensão no valor de mais de 90 por cento do último salário. Agora tenho uma certeza: a minha primeira pensão vai ser de 55 por cento do último salário.
E não me estou a queixar, todos temos de contribuir.
Caros subscritores do Manifesto para a reestruturação da dívida pública, desculpem a franqueza: a vossa geração está errada. Não agravem ainda mais os problemas que deixaram para a geração seguinte. Façam um favor ao país – não criem mais problemas. Deixem os mais novos trabalhar.