segunda-feira, 6 de março de 2017

PATRÌCIA MAMONA

Patrícia Mamona junta mais uma medalha europeia ao palmarés MARKO DJURICA/REUTERS Patrícia Mamona fez um concurso quase sempre em crescendo O segundo dia dos Campeonatos Europeus de atletismo em pista coberta, ontem vivido em Belgrado, permitiu manter a tradição portuguesa no certame: a de conquistar pelo menos uma medalha. Patrícia Mamona, dentro do que se poderia esperar, obteve a prata na prova do triplo salto, a sua terceira medalha europeia na disciplina, depois das conquistadas ao ar livre em 2012, em Helsínquia (prata) e em 2016, em Amesterdão (ouro). Susana Costa foi sétima nesta fi nal e, um pouco mais tarde, Tsanko Arnaudov conseguiria um óptimo quarto lugar numa espantosa fi nal do lan- çamento de peso — e com um novo recorde nacional (21,08m). A medalha de Patrícia Mamona constitui uma proeza de uma atleta que tem habituado os portugueses a superar-se nos momentos mais crí- ticos, mas acaba por saber a pouco. A sportinguista abriu o concurso a toda a velocidade, com 14,24m, e logo se viu que estava plena de con- fi ança. Nesse primeiro ensaio fi cou, porém, longe da tábua de chamada e digamos que 20 centímetros foram dados de mão beijada às rivais. Aproveitou a alemã Kristin Gierisch, a última a saltar em cada ronda: atingiu os 14,37m, melhor resultado europeu do ano, e assumiu o comando. Ninguém acreditaria que o ouro fi casse por aí defi nido, mas assim foi. Gierisch foi perdendo gás a cada salto seguinte e, ao invés, Patrícia Mamona manteve um concurso de alto nível, constante e em subida. Fez 14,25m no segundo salto, 14,29m no terceiro e, depois de um nulo, 14,32m no quinto. Com 14,01m, Mamona fechou a prova com todos os saltos válidos acima de 14 m, mostrou que era a melhor em prova, mas basta um salto para ganhar e isso valeu à alemã. A grega Paraskevi Papachristou alcançou o terceiro lugar, com 14,24m, e mostrou-se também muito regular ao longo do concurso.Susana Costa fez também uma boa prova, chegou a 13,99m no segundo ensaio, recorde pessoal em pista coberta (tem 14,34m ao ar livre), e partilhou com a sua Triplista do Sporting foi mais consistente, chegou aos 14,32m, mas acabou ultrapassada pela alemã Kristin Gierisch. Tsanko Arnaudov também teve um dia positivo no lançamento do peso, em Belgrado Atletismo Luís Lopes Hora Prova Género Ronda Atletas portugueses 15h00 60m Fem. Meia-final Lorene Bazolo 15h04 Triplo salto Mas. Final Nelson Évora 15h30 3000m Fem. Final 15h50 Altura Mas. Final 15h55 3000m Mas. Final 16h25 800m Fem. Final 16h40 Comprimento Fem. Final 16h50 800m Mas. Final 17h10 60m Fem. Final Lorene Bazolo (?) 18h00 4x400m Fem. Final 18h23 4x400m Mas. Final PROGRAMA DO DIA colega e amiga um grande momento para o triplo salto português. No lançamento do peso masculino, a qualifi cação disputou-se de manhã e a fi nal, numa das provas mais participadas dos campeonatos, foi à tarde. Tsanko Arnaudov esteve brilhante e, logo no primeiro ensaio qualifi cativo, chegou à passagem directa para a fi nal, com 20,52m. Francisco Belo teve também uma boa qualifi cação, arremessou 19,55m para o 15.º lugar da geral, mas não passou ao concurso decisivo, para o qual foram necessários (em repescagem) 19,99m. À tarde reapareceu o Arnaudov da manhã, ou seja, o que vem criando uma fama de interpretar os maiores desafi os com coragem indomável. Com 20,49m a abrir a fi nal, o primeiro passo estava dado. No entanto, o concurso “descambaria” e os lançadores fi caram agitados durante muito tempo. Isto porque, após o alemão David Storl ter assumido o comando com 21,15m, o polaco Konrad Buckowiecki, que ainda há três meses era júnior, lançou uma “bomba incendiária” a 21,97m e toda a gente fi cou de cabeça à roda. Storl, o homem dos nervos de aço, sentiu o toque e todos os outros tardaram a a recuperar. Por essa razão ou não, certo é que Tsanko Arnaudov baixou a metade da prova e só se reencontraria no derradeiro lançamento, com 21,08m, recorde nacional por dois centímetros, ultrapassando um máximo que tinha obtido em Maio de 2015 e que na altura se mostrou uma das maiores surpresas da história do atletismo luso. Uma marca que lhe valeu um honroso quarto lugar.

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