quarta-feira, 12 de março de 2014

OS 70 NOTÁVEIS



 
Reestruturação da divida pedem 70 «Notáveis». Invocam o exemplo do tratamento dado à Alemanha em 1953.
 
Mais uma vez se confirma: a quantidade é inimiga da qualidade. Os Notáveis no caso não primam pelo bom senso.
 
Nós não somos a Alemanha de 1953 que apenas precisava de um empurrãosito para pôr a sua fabulosa economia a trabalhar. Eles tinham tudo o mais: tecnologia, gestores, trabalhadores qualificados, organização sindical apropriada, leis inteligentes, recursos abundantes (para economia do tempo). Além disso, por força da Guerra Fria então instalada, a Alemanha transformara-se num activo precioso que de modo algum poderia ser deixado ao abandono.
 
Tudo o que lá sobrava então, aqui e hoje, escasseia ou não existe. Pior, temos uma burocracia estupidificada, corrupção instalada, sindicatos com paralisia mental, não somos activo estratégico e já nem sequer há Guerra Fria (por enquanto, pelo menos).
 
O que nós precisamos e muito é de um bom plano Marshall e de uma invasão de huguenotes.
 
Nas presentes condições, se nos perdoarem ou reestruturarem a divida, vai tudo para a praia e cuidar do almoço. Importante e bom cá nesta santa terrinha é o almoço. Já era assim quando cá cheguei há 86 anos.
 
 Luís Soares de Oliveira

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