Agora é uma questão de congregação, de coordenação, e
" pode ser que alguém surja" a liderar o processo.
Não aceito a actuação de dirigentes como, por exemplo, o Presidente da República, que já há pelo menos dois anos, como economista, tinha obrigação de saber em que estado estava o País, as finanças e a economia.
Tinha obrigação moral, e não só, de dizer ao País em que estado estavam as coisas", defendeu. Pires Veloso lamentou a existência de "um gangue que tomou conta do país.
Corra-se com êste gang, mas tendo-se juízo, pensando no que pode acontecer.
Bem pode vir Eduardo Catroga dizer que é legal e que os acionistas é que querem, mas isto não pode ser assim.
Há um encobrimento de situação de favores aos mais poderosos que é intolerável.
Se o povo percebe isso, " acorda e reage de certeza", disse.
"Na altura havia um certo pudor nos gastos e agora não: gaste-se à vontade que o dinheiro há de vir".
Mas se as coisas atingirem um limite que não tolere, é o cabo dos trabalhos e não há quem o sustenha.
" Porque os cidadãos aguentam, têm paciência, mas quando é demais, cuidado com eles".
Estamos a ver uma inversão do que o 25 de Abril exigia", considerou Pires Veloso, para quem "o primeiro-ministro tem de arrepiar caminho rapidamente".
O Governo mexe nos mais fracos, vai buscar dinheiro onde não há. E, no entanto, na parte rica e nos poderosos ainda não mexeu.
Falta-lhes mais tempo ? ...
Não sei. Sei é que tem de mudar as coisas, termina
Pires Veloso
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