Choro de alma esfarrapada,
Pela humana ingratidão,
Pelo enorme egoísmo,
Pela ignorância,
Pela vil inveja,
Pela santa podridão,
Dos espíritos,
Pela sua infâmia,
Chora coração esfarrapado...
Toquem os sinos a rebate,
E digam que o homem,
Ainda não entendeu porque vive,
Ainda não compreendeu porque bate,
Seu coração, olhando só seu umbigo,
Rios sob velhos amieiros,
Correi na direcção do mar,
Dispersai, naquela ondulação,
E esquecei tudo o que digo,
Tanta incompreensão,
Até meu cão que ladra,
Parecendo tudo entender,
E ao ladrar, seu rabo bate,
Dando-nos grande lição:
Acordem desta apatia,
Para que ao morrer,
Possa dizer que soube amar,
Neste mundo onde tudo vale,
Desde que seja bem pago,
Muitos chicos espertos,
É o que está a dar,
Como feras guiando,
Jipes como carros de combate,
Sem nobreza de caracter,
Numa teia de conivências,
A fachada e a aparência,
Em cabeças turbinadas,
Rasas de ideais e valências,
Pelo deus dinheiro dominados.
Acordem desta letargia,
Porque sendo tão curta a vida,
Não a façam tão pequena,
Sem amor! Se lhe tira seu sabor.
Marvila,3 de Abril de 2011
António Borges da Cunha
borgesdacunha.blogspot.com
murodelagrimas.blogspot.com
Quando um homem se põe a pensar
ResponderEliminarNada nem ninguém o pode calar
Um abraço
Sim...
ResponderEliminarPenso que vou deixar o mundo pior que o encontrei.
Anda tudo às avessas.
Um abraço.