
Da minha janela virada para o mar, em noite de lua cheia sobre o Oceano Índico, por onde as frágeis caravelas de Vasco da Gama singraram mares nunca dantes navegados, em busca da Cristandade e especiarias da Índia, há cinco séculos, navegando com a minha vista já cansada e saúde esvaída pelos anos, procuro divisar agora para além do azul do firmamento a Pátria distante que se sumiu há cinco décadas…
Como dizia sinto uma onda de nostalgia e saudade a invadir-me a alma, feita de lembranças e recordações.
As lembranças humanas e culturais dissipam-se cada vez mais e o mundo elíptico e redondo como a lua que alcançámos vão-se esvaindo cada vez mais.
E a emoção da alma, no momento que passa, cresce com maior vivacidade quando o meu velho amigo Professor António Borges da Cunha, companheiro dos bancos da Escola Normal “Luís de Camões” na cidade de Pangim, a capital do velho Império das Índias e depois colega no ofício de publicações como a “Revista Académica”, autor de várias publicações em prosa e verso e acima de tudo um dos meus melhores amigos sinceros me pede para escrever umas linhas, à guisa de prólogo, para o seu livro “Goa – 50 anos depois”.
Agradeço o convite de bom grado do fundo do coração, sempre grato e apesar das limitações da minha competência para tão grande missão, pois não posso recusar-lhe o pedido pela alta camaradagem e amizade que lhe devo e que nos une há cinco décadas, quando os seus amigos em Portugal poderiam fazer-lhe melhor justiça e com maior destreza.
A primeira vez que o conheci, se a memória não me atraiçoa, foi naquele distante ano de 1958, no “Liceu Afonso de Albuquerque” em Pangim ao prestarmos exames e pelo facto dos nossos nomes se iniciarem da mesma forma “António”.
E como se o destino nos seguisse no mesmo trilho lá estava o Borges para o exame de admissão à “Escola Normal Luís de Camões”, onde mais tarde viemos a conhecermo-nos melhor, durante a frequência do 1.º Ano.
Ficaram na lembrança a sua vivacidade tecendo argumentos com a Professora D. Ester de Meneses e D. Fanquita deixando antever a sua já vasta bagagem cultural revelando o seu espírito de conciliação académica.
Acabado o primeiro ano o Borges regressou com o seu batalhão à Pátria, mas Goa e os seus amigos ficaram profundamente instalados no seu íntimo.
Convidado a celebrar as bodas os vinte e cinco anos do curso com um encontro de confraternização enviei-lhe um convite que foi correspondido via Fax, recebido em Margão, no Banco de Barodá pela minha saudosa esposa Maria de Sousa, numa friorenta manhã de Dezembro de 1985, provocando grande alegria entre os seus amigos.
Em 1992 cá estava o Borges, de novo tendo ido visitar-me ao banco de Barodá, em Velim, cuja gerência tinha a meu cargo.
O número dos seus amigos aumentava sempre com as suas visitas a Goa.
Finalmente em Janeiro de 2008 o Borges reapareceu como um cometa nos céus de Goa. Já aposentado e graças à reputação que gozava nos círculos governamentais de Goa foi possível dispensar-lhe tratamento condigno a uma pessoa de alta patente humana e que foi largamente noticiado na televisão e imprensa de Goa e até de Portugal.
Refiro-me à recepção dispensada ao Prof. Borges, no velho Palácio do Cabo, por Sua Excelência o Governador SR. S. C. Jamir, pelo Ministro-chefe de Goa Digabar Kamat e membros do Parlamento do sul de Goa, Sr. Francisco Sardinha, advogado, Sr. Ramakanta Khalap, Ex-ministro da Justiça da Índia aos quais ofereceu em nome da Câmara Municipal de Leiria os medalhões da Cidade com o seu lindo castelo.
Como dizia sinto uma onda de nostalgia e saudade a invadir-me a alma, feita de lembranças e recordações.
As lembranças humanas e culturais dissipam-se cada vez mais e o mundo elíptico e redondo como a lua que alcançámos vão-se esvaindo cada vez mais.
E a emoção da alma, no momento que passa, cresce com maior vivacidade quando o meu velho amigo Professor António Borges da Cunha, companheiro dos bancos da Escola Normal “Luís de Camões” na cidade de Pangim, a capital do velho Império das Índias e depois colega no ofício de publicações como a “Revista Académica”, autor de várias publicações em prosa e verso e acima de tudo um dos meus melhores amigos sinceros me pede para escrever umas linhas, à guisa de prólogo, para o seu livro “Goa – 50 anos depois”.
Agradeço o convite de bom grado do fundo do coração, sempre grato e apesar das limitações da minha competência para tão grande missão, pois não posso recusar-lhe o pedido pela alta camaradagem e amizade que lhe devo e que nos une há cinco décadas, quando os seus amigos em Portugal poderiam fazer-lhe melhor justiça e com maior destreza.
A primeira vez que o conheci, se a memória não me atraiçoa, foi naquele distante ano de 1958, no “Liceu Afonso de Albuquerque” em Pangim ao prestarmos exames e pelo facto dos nossos nomes se iniciarem da mesma forma “António”.
E como se o destino nos seguisse no mesmo trilho lá estava o Borges para o exame de admissão à “Escola Normal Luís de Camões”, onde mais tarde viemos a conhecermo-nos melhor, durante a frequência do 1.º Ano.
Ficaram na lembrança a sua vivacidade tecendo argumentos com a Professora D. Ester de Meneses e D. Fanquita deixando antever a sua já vasta bagagem cultural revelando o seu espírito de conciliação académica.
Acabado o primeiro ano o Borges regressou com o seu batalhão à Pátria, mas Goa e os seus amigos ficaram profundamente instalados no seu íntimo.
Convidado a celebrar as bodas os vinte e cinco anos do curso com um encontro de confraternização enviei-lhe um convite que foi correspondido via Fax, recebido em Margão, no Banco de Barodá pela minha saudosa esposa Maria de Sousa, numa friorenta manhã de Dezembro de 1985, provocando grande alegria entre os seus amigos.
Em 1992 cá estava o Borges, de novo tendo ido visitar-me ao banco de Barodá, em Velim, cuja gerência tinha a meu cargo.
O número dos seus amigos aumentava sempre com as suas visitas a Goa.
Finalmente em Janeiro de 2008 o Borges reapareceu como um cometa nos céus de Goa. Já aposentado e graças à reputação que gozava nos círculos governamentais de Goa foi possível dispensar-lhe tratamento condigno a uma pessoa de alta patente humana e que foi largamente noticiado na televisão e imprensa de Goa e até de Portugal.
Refiro-me à recepção dispensada ao Prof. Borges, no velho Palácio do Cabo, por Sua Excelência o Governador SR. S. C. Jamir, pelo Ministro-chefe de Goa Digabar Kamat e membros do Parlamento do sul de Goa, Sr. Francisco Sardinha, advogado, Sr. Ramakanta Khalap, Ex-ministro da Justiça da Índia aos quais ofereceu em nome da Câmara Municipal de Leiria os medalhões da Cidade com o seu lindo castelo.
Goa, 1 de Agosto de 2009
José de Sousa
José de Sousa
Contacto: 966467450
Na Imprensa

Ficha Técnica:
Prefácio: José Sousa
Páginas:144
Concepção Gráfica: Folheto Edições & Design
Capa: Lorenz studios - Margão - Goa
Depósito Legal: 301 026/10
ISBN: 978-989-8158-64-2