domingo, 23 de novembro de 2014

PORTUGAL CONTINUA ASSIM...


Chamou o seu primeiro-ministro e ordenou-lhe:

- Antes do natal quero ver a cidade toda iluminada. Toma lá
500 cruzados e trata já de resolver o problema.
O primeiro-ministro chamou o presidente da câmara e ordenou-lhe:

- O nosso rei quer a cidade toda iluminada ainda antes do natal. Toma lá 250 cruzados e trata imediatamente de resolver o problema.

O presidente da câmara chama o chefe da polícia e diz-lhe:

- O nosso rei ordenou que puséssemos a cidade toda iluminada para o natal.
Toma lá 100 cruzados e trata imediatamente de resolver o problema.

O chefe da polícia emite um edital a dizer:

“Por ordem do rei em todas as ruas e em todas as casas deve imediatamente ser colocada iluminação de natal.  Quem não cumprir esta ordem será enforcado”.
Uns dias depois o rei veio à varanda e, ao ver a cidade profusamente iluminada, exclamou:

- Que lindo! Abençoado dinheiro que gastei. Valeu a pena.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

VEJAM COMO ELES NOS AMAM E SE GOVERNAM

O PSD e o PS aprovaram juntos, nesta quinta-feira à tarde, o fim da suspensão das subvenções vitalícias a ex-políticos, que vão voltar a ser pagas mas serão sujeitas a uma contribuição extraordinária de 15% sobre o montante que exceda os 2000 euros. A proposta de alteração, votada na especialidade, teve os votos favoráveis do PSD e do PS e os votos contra do PCP e do BE. O CDS, por seu lado, absteve-se.
A proposta sobre o fim da suspensão do pagamento de subvenções vitalícias a antigos titulares de cargos políticos, abrangendo titulares anteriores a 2005 e com um rendimento médio mensal superior a dois mil euros, foi apresentada sexta-feira pelos deputados Couto dos Santos (PSD) e José Lello (PS), ambos membros do Conselho de Administração da Assembleia da República.
A votação aconteceu ao fim da tarde, apesar de o líder da bancada do PSD ter ponderado pedir o adiamento, depois de o assunto ter causado incómodo no Parlamento. De manhã, no debate na especialidade do OE para 2015, a proposta apenas fora alvo da intervenção do Bloco de Esquerda, com os restantes partidos a permanecerem em silêncio. No entanto, o assunto esteve em destaque nos meios de comunicação social toda a manhã, sobretudo em fóruns de rádios e televisões.
Depois da votação, coube ao deputado social-democrata Hugo Velosa explicar o "impasse" na votação: "Sei que foi divulgado publicamente que tinha havido uma suspensão da votação, por esta razão exclusiva: porque nós tínhamos de ponderar se as subvenções ficavam ou não numa situação de privilégio em relação a qualquer outra situação de pensionistas - e não ficam, pelo contrário, são mais sobrecarregadas até do que acontece com as outras pensões", prosseguiu. Segundo o social-democrata, "feita essa análise, naturalmente, procedeu-se à votação" da proposta.
Também o líder parlamentar do BE falou aos jornalistas depois da votação, mas para considerar "uma vergonha" a aprovação pelo PSD e PS do fim da suspensão das subvenções vitalícias destinadas a antigos políticos, dizendo estar-se perante o renascimento do "Bloco Central no pântano da política". "O Governo, que cortou pensões e salários, vem agora dizer que afinal tem dinheiro para repor os privilégios dos políticos - coisa que tinha dito no ano passado que possuía a coragem de os cortar. Afinal, essa coragem foi de pouca dura", criticou Pedro Filipe Soares.
De manhã, no debate parlamentar, Mariana Mortágua tinha sido a única parlamentar a intervir sobre o assunto, para deixar claro que o BE era “contra qualquer proposta que implique repor regalias, pensões vitalícias aos deputados, ao mesmo tempo que se cortam pensões a trabalhadores”. "Não se pode admitir que o PSD admita cortar complementos de reforma de trabalhadores da função pública ao mesmo tempo que propõe, juntamente com deputados do PS, repor as pensões vitalícias a deputados", disparou.
Ao início da tarde, o PCP - que não interviera no debate - apresentou uma proposta para revogar a atribuição das subvenções, mantendo-as apenas em casos de necessidade e anunciou que votaria contra a alteração do PSD e PS. Como explicou o deputado João Oliveira, a única excepção seriam "as situações em que fica em causa a subsistência da pessoa que aufere a pensão ou esteja em causa a sua insolvência".
No PS, apesar de a proposta ter gerado algum desconforto, a intenção sempre foi viabilizá-la. "Não vamos colocar obstáculos à aprovação dessa proposta de alteração", disse o vice-presidente da bancada Vieira da Silva.
O desconforto na bancada rosa verificou-se principalmente entre os deputados mais jovens, mas é apoiada pelos mais antigos na Assembleia da República, sobretudo entre aqueles que optaram pelo regime de exclusividade de funções.
Entre os deputados mais jovens colocam-se reservas sobre a conjuntura económica em que estes pagamentos são parcialmente repostos, enquanto os deputados que passaram por várias legislaturas equiparam esta subvenção a um direito contratual, entendendo que põe em causa as expectativas dos que optaram pelo regime de exclusividade.
Desde Janeiro de 2014, o valor das subvenções vitalícias passou a estar dependente dos rendimentos do beneficiário e do seu agregado familiar, apurado no ano anterior, mediante a apresentação da declaração de IRS. Se o rendimento for superior a dois mil euros (excluindo a subvenção), essa prestação é suspensa. Nas restantes situações, fica limitada à diferença entre os dois mil euros e o rendimento total (excluindo a subvenção).
OS DEPUTADOS NÃO TÊM DIREITO A SUBVENÇÕES PARA AS QUAIS NÃO DESCONTARAM.
DEPUTADOS OU QUALQUER OUTRO POLÍTICO.
QUEM NÃO DESCONTOU NÃO PODE IR SACAR DOS DESCONTOS DOS TRABALHADORES SEJA O QUE FOR E DEVEM SE REFORMAR COM A IDADE DE PARA ESSE EFEITO DECRETADO PARA TODOS.
TENHA VERGONHA srs DEPUTADOS: OLHEM PARA O POVO QUE DESCONTOU, OLHEM PARA AS LEIS QUE PRODUZEM QUE SÃO UMA VERGONHA LEGISLATIVA E NÃO ALEGUEM QUE OS DEPUTADOS DEIXARAM TUDO PARA IR PARA A ASSEMBLEIA.
TENHAM VERGONHA...
AFINAL O PSD E O PS ENTENDEM-SE! CLARO PARA ENCHEREM O BURNAL.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

DÁ QUE PENSAR...



 ACTUALIDADE...
Cruzei-me há pouco com um colega na rua e parámos a comentar os recentes acontecimentos. Dizia-me ele que já não acreditava em qualquer solução democrática. Perante essa desilusão, perguntei-lhe porquê e a resposta deixou-me a meditar:
-Porque a primeira consulta democrática de que há memória foi a de Pôncio Pilatos ao povo: "quem quereis que vos solte, Cristo ou Barrabás?" E o povo escolheu o ladrão...

O PAPA FRANCISCO

Jacinto Lopes
(na Capital)
    
Encanta-me a lucidez desse homem!
SE NÃO O CALAREM, ELE AINDA TEM MUITO A FAZER E A DIZER !
Confesso que esta foi a melhor e mais coerente entrevista que alguém já deu sobre o assunto.
 
                                                         
Agora entendemos melhor porque este cardeal argentino foi escolhido para papa. Ele tem ideias firmes e nunca foge
 (e nunca fugiu) de uma resposta polêmica.
 O mundo se acostumou à hipocrisia da política que diz o que o povo quer ouvir e faz o que eles bem entendem. 
Com este papa não é assim, como podemos ver nesta entrevista com um repórter COMUNISTA, antes de ser papa.  
A entrevista começou quando o jornalista, tentando embaraçar o Cardeal, perguntou-lhe o que ele pensava sobre a pobreza no mundo. 
O cardeal respondeu: 
" - Primeiro na Europa e agora nas Américas, alguns políticos têm se dedicado a endividar as pessoas, fazendo com que fiquem dependentes. 
- E para quê? Para aumentar o seu poder. Eles são grandes especialistas em criação de pobreza e isso ninguém questiona. Eu me esforço para lutar contra esta pobreza. 
- A pobreza tornou-se algo natural e isso é ruim. Minha tarefa é evitar o agravamento de tal condição. As ideologias que produzem a pobreza devem ser denunciadas. A educação é a grande solução para o problema. 
- Devemos ensinar as pessoas como salvar sua alma, mas ensinar-lhes também a evitar a pobreza e a não permitir que o governo os conduza a esse estado lastimável " 
Mathews ofendido pergunta: - O senhor culpa o governo? 
" - Eu culpo os políticos que buscam seus próprios interesses. Você e seus amigos são socialistas. Vocês (socialistas) e suas políticas, são a causa de 70 anos de miséria, e são culpados de levar muitos países à beira do colapso. Vocês acreditam na redistribuição, que é uma das razões para a pobreza. Vocês querem nacionalizar o universo para poder controlar todas as atividades humanas. Vocês destroem o incentivo do homem, até mesmo para cuidar de sua família, o que é um crime contra a natureza e contra Deus. Esta vossa ideologia cria mais pobres do que todas as empresas que vocês classificam de diabólicas". 
Replica Mathews: - Eu nunca tinha ouvido nada parecido de um cardeal. 
" - As pessoas dominadas pelos socialistas precisam saber não têm que ser pobres" 
Ataca Mathews: - E a América Latina? O senhor quer negar o progresso conseguido? 
"O império da dependência foi criado na Venezuela por Hugo Chávez, com falsas promessas e mentindo para que se ajoelhem diante de seu governo. Dando peixe ao povo, sem lhes permitir pescar. Se na América Latina alguém aprende a pescar é punido e seus peixes são confiscados pelos socialistas. A liberdade é castigada. 
- Você fala de progresso e eu falo de pobreza. Temo pela América Latina. Toda a região está controlada por um bloco de regimes socialistas, como Cuba, Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, Nicarágua. Quem vai salvá-los (a América Latina) dessa tirania?" 
Acusa Mathews: - O senhor é um capitalista. 
" - Se pensarmos que o capital é necessário para construir fábricas, escolas, hospitais, igrejas, talvez eu seja capitalista. Você se opõe a este raciocínio?" 
- Claro que não, mas o senhor não acha que o capital é retirado do povo pelas corporações abusivas? 
- "Não, eu acho que as pessoas, através de suas escolhas econômicas, devem decidir que parte do seu capital vai para esses projetos. O uso do capital deve ser voluntário. Só quando os políticos se apropriam (confiscam) esse capital para construir obras públicas e para alimentar a burocracia é que surge um problema grave. O capital investido voluntariamente é legítimo, mas o que é investido com base na coerção é ilegítimo ". 
- "Suas ideias são radicais", diz o jornalista. 
- "Não. Há anos Khrushchev advertiu: "Não devemos esperar que os americanos abracem o comunismo, mas podemos ajudar os seus líderes com injeções de socialismo, até que, ao acordar, eles percebam que abraçaram o comunismo". Isto está acontecendo agora mesmo no antigo bastião da liberdade. Como os EUA poderão salvar a América Latina, se eles próprios se tornarem escravos de seu governo? " 
Mathews diz: - "Eu não consigo digerir (aceitar) tal pensamento". 
O cardeal respondeu: - "Você está muito irritado porque a verdade pode ser dolorosa. Vocês (os socialistas) criaram o estado de bem-estar que consiste apenas em atender às necessidades dos pobres, pobres esses que foram criados por vocês mesmos, com a vossa política. O estado interventor retira da sociedade, a sua responsabilidade. Graças ao estado assistencialista, as famílias deixam de cumprir seus deveres para obterem o seu bem-estar, incluindo as igrejas. As pessoas já não praticam mais a caridade e vêem os pobres como um problema de governo. 
- Para a igreja já não há pobres a ajudar, porque foram empobrecidos  permanentemente e agora são propriedade dos políticos. E algo que me irrita profundamente, é o fato dos meios de comunicação observarem o problema sem conseguir analisar o que o causa. O povo empobrece e logo em seguida, vota em quem os afundou na pobreza ". 
 "O socialismo dura até terminar o dinheiro dos outros" 

Margareth Thatcher - saudosa ex primeira ministra britânica. 

 SE CONCORDAR COM AS IDEIAS DO PAPA FRANCISCO, REPASSE.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

COM EXEMPLOS DESTES, NÃO VAMOS LONGE)




Mais uns milhões para estes vampiros delapidarem as finanças. Uma vergonha.
Se cavarem mais um pouco todos nós iremos saber como o erário publico está a saque.
E o fdp queria taxar as doações (do dinheiro de cada um de nós) se oferecesse uma prenda à mulher ou aos filhos.

Presidente dos CTT recebia dois ordenados e assim, por estas e outras, se COMPREENDE POR QUE É QUE PORTUGAL ESTÁ NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRA.

O Presidente do Conselho de Administração dos CTT, Estanislau Mata da Costa - que se demitiu no final do mês passado, sem ter terminado o mandato - recebeu, durante cerca de dois anos, dois vencimentos em simultâneo: um pelo cargo nesta empresa, de cerca de 15 mil euros, e outro correspondente às suas anteriores funções na PT, de 23 mil euros. E isto apesar de ter suspendido o vínculo laboral com a PT.

A descoberta foi feita pela Inspecção-Geral de Finanças (IGF), na sequência de uma auditoria realizada após denúncias da comissão de trabalhadores dos CTT sobre actos de alegada má gestão na empresa. Segundo soube o SOL, o Conselho de Administração da empresa terá recebido o relatório preliminar desta auditoria no dia 29. A demissão de Mata da Costa foi anunciada no dia seguinte e justificada pelo próprio com «razões exclusivamente do foro pessoal e familiar».

A IGF classifica esta acumulação de vencimentos por parte de Mata da Costa - num valor mensal de cerca de 40 mil euros (ao todo, um milhão e 575,6 mil euros recebidos entre Junho de 2005 e Agosto de 2007) - como «eticamente reprovável, ainda que possível do ponto de vista legal». Ainda assim, a IGF decidiu encaminhar o caso para a Procuradoria-Geral da República, por ter «dúvidas quanto à legalidade» da situação. Segundo o relatório preliminar da IGF, a que o SOL teve acesso, Mata da Costa, que era quadro da PT, foi nomeado para presidir aos CTT em Junho de 2005. Mas, em vez de se desligar desta empresa, fez um acordo de «suspensão do contrato de trabalho», embora estranhamente sem perda de remuneração.



 
 
 

JÚLIO ISIDRO

NÃO QUERO MORRER


NÃO QUERO MORRER…..

 


 

 Apareceu, por mão amiga, este texto de Júlio Isidro que dá para este fim de semana dar ânimo a todos os que bem pensam sobre o nosso futuro.

 

NÃO, NÃO ESTOU VELHO!!!!!!

NÃO SOU É SUFICIENTEMENTE NOVO  PARA  JÁ SABER TUDO!

 Passaram 40 anos de um sonho chamado Abril.

E lembro-me do texto de Jorge de Sena…. Não quero morrer sem ver a cor da liberdade.

Passaram quatro décadas e de súbito os portugueses ficam a saber, em espanto, que são responsáveis de uma crise e que a têm que pagar…. civilizadamente,  ordenadamente, no respeito  das regras da democracia, com manifestações próprias das democracias e greves a que têm direito, mas demonstrando sempre o seu elevado espírito cívico, no sofrer e ….calar.

Sou dos que acreditam na invenção desta crise.

Um “directório” algures  decidiu que as classes médias estavam a viver acima da média. E de repente verificou-se que todos os países estão a dever dinheiro uns aos outros…. a dívida soberana entrou no nosso vocabulário e invadiu o dia a dia.

Serviu para despedir, cortar salários, regalias/direitos do chamado Estado Social e o valor do trabalho foi diminuído, embora um nosso ministro tenha dito decerto por lapso, que “o trabalho liberta”, frase escrita no portão de entrada de Auschwitz.

Parece que  alguém anda à procura de uma solução que se espera não seja final.

Os homens nascem com direito à felicidade e não apenas à estrita e restrita sobrevivência.

Foi perante o espanto dos portugueses que os velhos ficaram com muito menos do seu contrato com o Estado  que se comprometia devolver o investimento de uma vida de trabalho. Mas, daqui a 20 anos isto resolve-se.

Agora, os velhos atónitos, repartem o dinheiro  entre os medicamentos e a comida.

E ainda tem que dar para ajudar os filhos e netos num exercício de gestão impossível.

A Igreja e tantas instituições de solidariedade fazem diariamente o miagre da multiplicação dos pães.

 Morrem mais velhos em solidão, dão por eles pelo cheiro, os passes sociais impedem-nos de  sair de casa,  suicidam-se mais pessoas, mata-se mais dentro de casa, maridos, mulheres e filhos mancham-se  de sangue , 5% dos sem abrigo têm cursos superiores, consta que há cursos superiores  de geração espontânea, mas 81.000  licenciados estão desempregados.

Milhares de alunos saem das universidades porque não têm como pagar as propinas, enquanto que muitos desistem de estudar para procurar trabalho.

Há 200.000 novos emigrantes, e o filme “Gaiola Dourada”  faz um milhão de espectadores.

Há terras do interior, sem centro de saúde, sem correios e sem finanças, e os festivais de verão estão cheios com bilhetes de centenas de euros.

Há carros topo de gama para sortear e auto-estradas desertas. Na televisão a gente vê gente a fazer sexo explícito e explicitamente a revelar histórias de vida que exaltam a boçalidade.

Há 50.000 trabalhadores rurais que abandonaram os campos, mas  há as grandes vitórias da venda de dívida pública a taxas muito mais altas do que outros países intervencionados.

Há romances de ajustes de contas entre políticos e ex-políticos, mas tudo vai acabar em bem...estar para ambas as partes.

Aumentam as mortes por problemas respiratórios consequência de carências alimentares e higiénicas, há enfermeiros a partir entre lágrimas para Inglaterra e Alemanha para ganharem muito mais do que 3 euros à hora, há o romance do senhor Hollande e o enredo do senhor Obama que tudo tem feito para que o SNS americano seja mesmo para todos os americanos. Também ele tem um sonho…

Há a privatização de empresas portuguesas altamente lucrativas e outras que virão a ser lucrativas. Se são e podem vir a ser, porque é que se vendem?

E há a saída à irlandesa quando eu preferia uma…à francesa.

Há muita gente a opinar, alguns escondidos com o rabo de fora.

E aprendemos neologismos como “inconseguimento” e “irrevogável” que quer dizer exactamente o contrário do que está escrito no dicionário.

Mas há os penalties escalpelizados na TV em câmara lenta, muito lenta e muito discutidos, e muita conversa, muita conversa e nós, distraídos.

E agora, já quase todos sabemos que existiu um pintor chamado Miró, nem que seja por via bancária. Surrealista…

Mas há os meninos que têm que ir à escola nas férias para ter pequeno- almoço e almoço.

E as mães que vão ao banco…. alimentar contra a fome , envergonhadamente , matar a fome dos seus meninos.

É por estes meninos com a esperança de dias melhores prometidos para daqui a 20 anos, pelos velhos sem mais 20 anos de esperança de vida e pelos quarentões com a desconfiança de que não mudarão de vida, que eu não quero morrer sem ver a cor de uma nova liberdade.

Júlio Isidro

 

D. CATARINA DE BRAGANÇA

Catarina de Bragança
Quando alguns Nobres portugueses chegaram à conclusão de que o negócio da venda da coroa de Portugal aos Filipes, tinha deixado de ser rendoso e tinha atingido a falência, resolveram mudar de rei.
Infelizmente, esqueceram-se de tomar providências quanto a uma previsível reacção do rei deposto que, por um conjunto de circunstâncias, era, também, rei de Castela e de mais uns quantos territórios.
A guerra foi uma consequência lógica e o novo rei de Portugal, que precisava de aliados, encontrou a solução no casamento de uma das suas filhas com o rei Carlos II de Inglaterra.
A negociação do casamento foi difícil!
Carlos II tinha motivos para desejar mas, também, para temer tal casamento: desejava-o, porque a princesa era bonita e o dote poderia encher os seus falidos cofres; mas, também, receava que isso pudesse reacender a guerra com Espanha.
Resistiu até o dote da princesa ser irrecusável: foi o maior dote de que há memória no Ocidente! Portugal ficou falido, o rei português ganhou um aliado para a guerra com Espanha,  e a Inglaterra ganhou um capital que se transformou no mais rentável investimento da sua história: o império britânico!
Hoje, diríamos que Carlos II deu o “golpe do baú” !
A cerimónia do casamento realizou-se em Maio de 1662.
Assim, começou a parte infeliz da vida de Catarina de Bragança, uma princesa nascida e criada no seio de uma família com cultura, educação e hábitos tradicionais portugueses que, por sua infelicidade, foi desterrada para uma corte que, contrariamente ao que alguns escritores e cineastas de pacotilha nos querem fazer crer, era rude e atrasada em relação à restante Europa.
Catarina, teve um papel importantíssimo na modernização da Inglaterra e na alteração da filosofia de vida dos ingleses pelo que,  embora não suficientemente, ainda hoje é admirada e homenageada.
Provocou uma autêntica revolução na corte de Inglaterra, apesar de ter sido sempre hostilizada por ser diferente mas nunca desistiu da sua maneira de ser, nem consentiu que as damas portuguesas do seu séquito o fizessem.
Tinha uma personalidade tão forte que conseguiu que aqueles (principalmente aquelas) que a criticavam, em breve, passassem a imitá-la.
E assim, se derem grandes alterações na corte inglesa:
O conhecimento da laranja
Catarina adorava laranjas e nunca deixou de as comer graças aos cestos delas que a mãe lhe enviava.
O costume do “CHÁ DAS 5”
Costume que levou de casa e que continuou a seguir organizando reuniões com amigas e inimigas. Este hábito generalizou-se de tal maneira que, ainda hoje, há quem pense que o costume de tomar chá a meio da tarde é de origem britânica.
A compota de laranja
Que os ingleses chamam de “marmalade”, usando, erradamente, o termo português marmelada, porque a marmelada portuguesa já tinha sido introduzida na Inglaterra em 1495.
Catarina guardava a compota de laranjas normais para si e suas amigas e a de laranjas amargas para as inimigas, principalmente, para as amantes do rei.
Influenciou o modo de vestir
Introduziu a saia curta. Naquele tempo, saia curta era acima do tornozelo e Catarina escandalizou a corte inglesa por mostrar os pés, o que era considerado de mau-gosto e que não admira devido aos pés enormes das inglesas. Como ela tinha pés pequeninos, isso arranjou-lhe mais inimigas.
Introduziu o hábito de vestir roupa masculina para montar.
O uso do garfo para comer
Na Inglaterra, mesmo na corte, comiam com as mãos, embora o garfo já fosse conhecido, mas só para trinchar ou servir. Catarina estava habituada a usá-lo para comer e, em breve, todos faziam o mesmo.
Introdução da porcelana
Estranhou comerem em pratos de ouro ou de prata e perguntou porque não comiam em pratos de porcelana como se fazia, já há muitos anos, em Portugal. A partir de aí, o uso de louça de porcelana generalizou-se.
Música
Do séquito que levou de Portugal fazia parte uma orquestra de músicos portugueses e foi por sua mão que se ouviu a primeira ópera  em Inglaterra.
Mobiliário
Catarina também levou consigo alguns móveis, entre os quais preciosos contadores indo-portugueses que nunca tinham sido vistos em Inglaterra.
O nascimento do “Império Britânico”
Como já se disse, o dote de Catarina foi grandioso pela quantia em dinheiro mas, muito mais importante para o futuro, por incluir  a cidade de Tânger, no Norte de África e a ilha de Bombaim, na Índia.
Traindo os Tratados que tinham assumido e com a desculpa de que o rei de Portugal era espanhol, os ingleses conseguiram, apesar do controle da Marinha Portuguesa, navegar até à Índia onde criaram um entreposto em Guzarate.
Em 1670, depois de receber Bombaim dos portugueses, o rei Carlos II autorizou a Companhia das Índias Orientais a adquirir territórios. Nasceu, assim, o Império Britânico!
Hoje, há pouca gente que saiba a importância que a Rainha Catarina teve para os ingleses e o carinho que eles tiveram por ela. A sua popularidade estendeu-se até à América, onde um dos cinco bairros de Nova Iorque (Queens) foi baptizado em sua homenagem.
Em 1998, a associação “Friends of Queen Catherina” fez uma colecta de fundos para lhe erguer uma estátua; não o conseguiu, devido à oposição de alguns movimentos cívicos que acusaram Catarina de ser uma das promotoras da escravidão.
Mais uma vez, a ignorância venceu!...
Autoria de Arnaldo Norton

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

UMA AULA DE PORTUGUÊS

Uma aula de português muito pertinente
  Uma questão de português muito pertinente!
  Aqui vai uma explicação muito pertinente para uma questão actual:
A jornalista Pilar del Rio costuma explicar, com um ar de catedrática no assunto, que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não existia a palavra presidenta... Daí que ela diga insistentemente que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como Presidenta da Assembleia da República. 
Ainda nesta semana , escutei Helena Roseta dizer : «Presidenta!», retorquindo o comentário de um jornalista da SICNotícias, muito segura da sua afirmação...
A propósito desta questão recebi o texto que se segue e que reencaminho:
Uma belíssima aula de português.
Foi elaborada para acabar de uma vez por todas com toda e qualquer dúvida se temos presidente ou presidenta.
A presidenta foi estudanta?
Existe a palavra: PRESIDENTA?

Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
No português existem os particípios activos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio activo do verbo ser? O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que adicionar à raiz verbal os sufixos
ante, ente ou inte.
Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Diz-se capela ardente, e não capela "ardenta"; diz-se estudante, e não "estudanta"; diz-se adolescente, e não "adolescenta"; diz-se paciente, e não "pacienta"; diz-se pertinente e não "pertinenta", entre outros exemplos...
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta comporta-se como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repasse esta informação...




terça-feira, 4 de novembro de 2014

A VIGARICE ENERGÉTICA

«A vigarice energética, por José de Sá

Os media e o Governo têm feito grande alarido sobre a "intransigente" posição portuguesa nas negociações europeias sobre energia e clima, sem que a maioria dos portugueses se aperceba da monumental vigarice e esbulho que isto encobre.
Concretamente, Portugal "exigiu" que os corredores eléctricos nos Pirinéus sejam alargados, para poder exportar a sua electricidade renovável, e isso não foi aceite, particularmente por França. E para que quer Portugal ter maior capacidade de exportar electricidade para lá dos Pirinéus?
Para escoar o excesso de energia eólica que já tem, e o ainda muito maior excesso que irá ter se os investimentos na mesma continuarem, como pretende o lobby eólico e os seus apaniguados na governação, já desde Sócrates (nada mudou nesta matéria).
E precisa de a escoar para lá dos Pirinéus porque Espanha também tem excesso.
Mas será que esses excedentes eólicos têm possibilidade de competir no mercado além-Pirinéus? Sim, têm, porque podem ser vendidos a preço zero, como já o são frequentemente no mercado ibérico de electricidade, o MIBEL. E contra preço zero não há concorrente para competir ...
Onde está a gigantesca vigarice e esbulho aos portugueses é no facto de os tais excedentes eólicos poderem ser exportados a qualquer preço que lhes garanta a competitividade, incluindo zero, mas não custarem zero a produzir. Com efeito, os produtores eólicos recebem em Portugal sempre uma tarifa choruda fixa, muito superior ao que custa a produção de electricidade por qualquer forma convencional, e isso é pago PELOS CONSUMIDORES PORTUGUESES, na parcela CIEG da factura de electricidade ou vai para o défice tarifário, que é o mesmo que não pagarem agora para virem a pagar mais tarde e com juros...
É precisamente para poder continuar a receber essa tarifa, na realidade uma renda financeira, e estendê-la ainda a muitos mais aerogeradores a instalar, que o lobby eólico quer poder exportar essa energia, porque em Portugal já não há onde a pôr mas a compra pela EDP de toda a que se produzir é assegurada por Decreto! Se ela é vendida lá fora a preço zero, isso pouco importa a esses negociantes, porque cá dentro recebem sempre a mesma tarifa definida por Decreto!
Ora quem paga essa diferença entre custo de produção e preço de venda lá fora é sempre o consumidor português!
E se têm dúvidas sobre as motivações do lobby eólico, vejam só as promessas que fizeram ao Manuel Pinho, o grande campeão das renováveis socráticas: observador.pt/…/manuel-pinho-exige-mais-de-dois-milhoes-de…