sexta-feira, 8 de novembro de 2013
POEMA DE BERTOL BRECH
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.Bertold Brecht
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
MARINHO PINTO
![]() |
Almoços grátis?
A actual
maioria PSD /CDS prepara-se para reduzir em 10% os montantes de todas as
pensões do sector público. A medida, que estará inserida no tão propalado corte
de quatro mil milhões de euros nas despesas do Estado (montante posteriormente
reduzido para dois mil milhões), constitui um acto brutal contra quem trabalhou e descontou durante
o período da vida activa e que,
chegado à velhice, acaba sendo alvo de um verdadeiro assalto aos seus
rendimentos.
Não está só em causa o
princípio republicano da solidariedade, um dos valores matriciais de qualquer
República Democrática (cfr. Artigo 1.o da Constituição).
O que esta maioria se
prepara para fazer constitui a negação dos mais elementares princípios do
direito.
Com essa
medida, o PSD e o CDS retiram a milhares de idosos as condições de dignidade
para o fim das suas vidas, pois com esse corte muitos idosos terão de reduzir
ou eliminar despesas pessoais absolutamente essenciais à sua existência, tais
como alimentação e medicamentos.
Mas, com tal medida, o PSD e o CDS violam
também, de forma acintosa, o contrato de cidadania que o Estado havia celebrado
com os seus servidores, mediante o qual estes teriam, no fim da sua carreira
contributiva, direito a uma pensão proporcional às respectivas contribuições.
O PSD e o
CDS, chegados ao poder, não só violam todas as promessas eleitorais que lhes
permitiram precisamente alcançar o poder, fazendo justamente aquilo que em
campanha eleitoral garantiram que nunca fariam, mas violam ainda as mais basilares regras jurídicas,
já que, com uma pusilanimidade estonteante, rasgam os contratos vitalícios que
o Estado havia celebrado.
Tudo sem qualquer culpa dos
prejudicados, com a excepção,
porventura, de terem permitido que pessoas
sem palavra e sem honradez política chegassem ao poder.
Mas, ao mesmo tempo
que se preparam para cortar impiedosamente nas pensões dos aposentados, incluindo daqueles que auferem
apenas algumas centenas de euros mensais, o PSD e o CDS propõem-se, com a
mesma insensibilidade, isentar desses cortes magistrados e diplomatas, muitos dos quais auferem pensões superiores a cinco mil
euros mensais.
Trata-se da consagração, na nossa República Democrática, de um privilégio
de casta que, numa
sociedade decente, deveria envergonhar tanto quem o concede como quem o recebe.
Um privilégio que, no caso dos magistrados, acrescerá a muitos outros
verdadeiramente escandalosos, como subsídios de habitação a quem vive em casa
própria, isenções de impostos, etc.
Mas, como a cultura
dos nossos magistrados é a de quem se julga acima dos simples mortais, tudo o
que sabe a privilégios é sempre bem-vindo para eles.
Porém, como não há almoços grátis, a prebenda que o PSD e o CDS se preparam para oferecer
aos magistrados deve ter, obviamente, por detrás, negociatas malcheirosas.
Para além de
poder constituir um aliciamento por parte de quem não tem a consciência
tranquila e procura favores ou indulgências judiciais, ela não pode deixar de ser encarada como um prémio
pelo contributo que os magistrados deram para desgastar o Governo anterior com
processos vergonhosos, assim contribuindo também para antecipar a
chegada ao poder do PSD e do CDS.
Mas, por outro lado, ela surge não muito tempo depois de um dirigente do sindicato dos juízes ter insinuado publicamente
que se os juízes portugueses tivessem de suportar os sacrifícios da crise como
todos os outros cidadãos, eles poderiam deixar de ser independentes e,
provavelmente - pensámos todos nós - corromper-se-iam e (pelo menos
alguns) passariam a vender
sentenças.
É claro que agora não
faltarão os habituais magistrados papagaios tentando justificar essa ignomínia
com os mais estúpidos argumentos (lembram-se daquele em que, além das férias de Natal e da Páscoa, se justificava
a existência de dois meses de férias no verão para os magistrados
trabalharem?).
Mas isso só
demonstra a conta em que eles têm os cidadãos desta República. Por mim, repito:
nestas
coisas (como em muitas outras da
vida), não
há almoços grátis, só faltando apurar
o que os magistrados, sobretudo os juízes, darão em troca ao PSD e ao CDS, além
do que já deram no passado recente.
In
JN, 12.08.13
terça-feira, 5 de novembro de 2013
REFORMAS
Silva Lopes "Ninguém devia receber uma pensão superior a dois mil euros"
O antigo ministro das Finanças, Silva Lopes, afirmou ontem, na antena da TVI24, que “nas actuais circunstâncias do País”, nenhum português devia receber “uma pensão líquida” que exceda os “dois mil euros”. Além disso, referiu Silva Lopes, ninguém com “uma receita de mil euros” devia receber pensão de viuvez.
Economia
No programa ‘Olhos nos Olhos’ da TVi24, o comentador habitual Medina Carreira convidou, esta segunda-feira, o antigo ministro das Finanças, Silva Lopes, que abordou alguns temas que têm marcado a actualidade informativa.
Particularmente em relação às pensões e aos cortes previstos no Orçamento do Estado para 2014, Silva Lopes defendeu “que uma pensão líquida de dois mil euros, nas circunstâncias actuais do nosso País, não devia ser excedida”.
“Isto não é um problema de opinião política é um problema de facto. A gente não pode continuar com o sistema actual, não há dinheiro para isso”, justificou.
Além disso, Silva Lopes considerou ainda que um outro corte de 10% devia ser aplicado às pensões médias, acumulando com a tesourada no mesmo valor que o Governo prevê aplicar às reformas no próximo ano, de acordo com o Orçamento de Estado para 2014.
O ex-governante que aufere, actualmente, três pensões, entre as quais uma de sobrevivência, revelou na antena da TVI24 que “no total líquido” não recebe “mais de três mil euros por mês” mas que está “disposto a que esses três mil passem para dois mil”.
Já em relação às pensões de sobrevivência, disse não concordar com as mesmas, afirmando mesmo: “Nem eu, nem ninguém que tenha mais de mil euros de receita” devia recebê-la.
Opinião diferente manifestou em relação aos cortes dos salários dos funcionários públicos, considerando que “atingiram o limite”.
Leia também:
PUB
“Isto não é um problema de opinião política é um problema de facto. A gente não pode continuar com o sistema actual, não há dinheiro para isso”, justificou.
Além disso, Silva Lopes considerou ainda que um outro corte de 10% devia ser aplicado às pensões médias, acumulando com a tesourada no mesmo valor que o Governo prevê aplicar às reformas no próximo ano, de acordo com o Orçamento de Estado para 2014.
O ex-governante que aufere, actualmente, três pensões, entre as quais uma de sobrevivência, revelou na antena da TVI24 que “no total líquido” não recebe “mais de três mil euros por mês” mas que está “disposto a que esses três mil passem para dois mil”.
Já em relação às pensões de sobrevivência, disse não concordar com as mesmas, afirmando mesmo: “Nem eu, nem ninguém que tenha mais de mil euros de receita” devia recebê-la.
Opinião diferente manifestou em relação aos cortes dos salários dos funcionários públicos, considerando que “atingiram o limite”.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
REVISTA DA LUSOFONIA ONDE TODOS CABEM
A revista IPGM está voltando com um estrondo
a questão sobre o 15 de dezembro
histórias frescas IPGM celebridades, notícias associações, poemas, músicas, comunidades, viagens, culinária, heróis locais, artes, ir verde aprender Português, konkani apoiar as causas para o património, a conversa da cidade no BUZZ da cidade.
aceitamos também artigos para compartilhar sobre IPGM MAG, uma nova página na ipgm revista dezembro questão vai convidar os leitores a enviar suas histórias por favor, envie-nos para o e-mail silvestremachado2@gmail.com desta página serão chamados os meus pontos de vista.
a questão sobre o 15 de dezembro
histórias frescas IPGM celebridades, notícias associações, poemas, músicas, comunidades, viagens, culinária, heróis locais, artes, ir verde aprender Português, konkani apoiar as causas para o património, a conversa da cidade no BUZZ da cidade.
aceitamos também artigos para compartilhar sobre IPGM MAG, uma nova página na ipgm revista dezembro questão vai convidar os leitores a enviar suas histórias por favor, envie-nos para o e-mail silvestremachado2@gmail.com desta página serão chamados os meus pontos de vista.
MAS ISTO SERÁ VERDADE?
Parece brincadeira mas não é - leia os nomes todos, por favor
Alguns converti em bold para o ajudar a rir, outros parecem duplicatas - veja os três primeiros e o quarto.
Portugal deve ser o país mais organizado do mundo!
Observatório nacional das doenças reumáticas
Observatório da caça Observatório da habitação Observatório Alzheimer Observatório magnético de Coimbra São 120!
O que é que acha que se observa aqui que transcenda os competentes serviços e departamentos
dos Ministérios, Institutos e Universidades e de algumas empresas com alcance nacional? Observatório urbano do eixo atlântico!?...
Quanto é que isto custa?
E com que o resultados concretos e demonstrados?
|
IVP
domingo, 3 de novembro de 2013
sábado, 2 de novembro de 2013
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
FUNDAÇÕES E INSTITUTOS
Fala o governo em cortar a despesa mas não diz quanto vai cortar às fundações e institutos. Será este assunto tabu?
Nunca foi dada uma explicação pública do que foi feito e o que ainda falta fazer neste campo.
Há fundações e institutos que estão a consumir produtos estrangeiros, quando nós temos cá produtos tão bons como esses importados.
Estamos a lançar para o desemprego os nossos operários recebendo subsídios do estado e depois esse estado paga subsídios de desemprego.
Se mandasse, instituto que comprasse produtos importados não receberia um centavo do estado.
Nunca foi dada uma explicação pública do que foi feito e o que ainda falta fazer neste campo.
Há fundações e institutos que estão a consumir produtos estrangeiros, quando nós temos cá produtos tão bons como esses importados.
Estamos a lançar para o desemprego os nossos operários recebendo subsídios do estado e depois esse estado paga subsídios de desemprego.
Se mandasse, instituto que comprasse produtos importados não receberia um centavo do estado.
Subscrever:
Mensagens (Atom)